O presidente do Comité Olímpico da Ucrânia, o antigo campeão olímpico do salto com vara Sergey Bubka, foi hoje nomeado pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como coordenador do esforço de ajuda humanitária ao país face à investida russa.
Bubka coordenará a “avalanche de solidariedade” que o país tem recebido por parte da comunidade olímpica internacional, notou o presidente do COI, Thomas Bach, numa carta aberta a todo o movimento desportivo.
“Respondendo à crise humanitária em curso, o COI e o Comité Olímpico da Ucrânia estão a receber uma avalanche de solidariedade de todo o movimento olímpico. Muitos comités nacionais e federações já lançaram iniciativas para ajudar atletas exilados a todos os níveis, esforços que aplaudimos e encorajamos”, explicou o dirigente.
No documento, fica explícito que Sergey Bubka foi convidado “de urgência” a coordenar o esforço, a partir de Lausana, na Suíça, para asegurar a distribuição e atribuição de bens e outras posibilidades.
“A longo prazo, a Fundação Refúgio Olímpico está bem preparada para responder aos impactos iminentes que este conflito armado criará no bem-estar dos ucranianos e das comunidades que os acolherem”, acrescenta a missiva.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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