Deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos é um dever de todos. A sustentabilidade é uma preocupação crescente, com os recursos naturais cada vez mais ameaçados em consequência da ação humana e, determinado a marcar a diferença, o Xico Andebol tem um plano para reduzir o impacto ambiental da sua atividade.

Mas este plano, como Mauro Fernandes, vice-presidente do clube vimaranense, contou ao SAPO Desporto, vai muito para além das questões ambientais e abrange igualmente as vertentes social e económica. As três, sublinha, estão intimamente ligadas. O projeto, explicou-nos, surge em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável inseridos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). E os primeiros passos, nas três vertentes, já foram dados. Mas há ainda muito por fazer.

80 anos de História a olhar para o futuro

Com quase 80 anos de História, o 'velhinho' Desportivo Francisco de Holanda, desde 2009 conhecido por Clube Desportivo Xico Andebol, é um símbolo da cidade de Guimarães e do andebol português. Possui o seu próprio pavilhão, uma infraestrutura já com mais de 30 anos, e a idade do recinto, a precisar de uma renovação, foi um dos motivos que levou o clube a avançar para este projeto.

A atual direção está em funções há cerca de três anos e, segundo refere o seu vice-presidente, desde logo este projeto fez parte dos planos. "Tínhamos efetivamente um problema de sustentabilidade em termos energéticos e até económicos. Sendo o pavilhão nosso, as despesas de manutenção, que é totalmente feita por nós, são uma preocupação grande e a fatura energética, suportada por nós, era um problema", lembra Mauro Fernandes.

O Laboratório da Paisagem, instituição de Guimarães que se dedica à investigação e à educação ambiental, apresentou em parceria com o município, em finais de 2017,  junto de várias entidades locais, algumas delas desportivas, relatórios de sustentabilidade que estas poderiam implementar.

Referência na cidade, o Xico Andebol foi uma das entidades abordadas pelo Laboratório da Paisagem. Contudo, o projeto começou por ficar na gaveta. Primeiro foi preciso 'arrumar a casa'.

"Nessa altura debatíamo-nos com outros problemas, estruturais e financeiros, e isso não era uma prioridade. Só o passou a ser a partir do momento em que, ao fim de dois anos de mandato, conseguimos estabilizar uma série de urgências e problemas e começámos a poder pensar mais à frente", lembra o vice-presidente do clube vimaranense.

Foi nessa altura, então, que o Xico Andebol voltou a pegar nesse relatório. Contactou o Laboratório da Paisagem e abraçou este projeto pioneiro.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: uma causa abraçada pelo Xico Andebol

Na base do plano está a Agenda 2030 das Nações Unidas e os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. "Nós estamos a antecipar-nos um bocadinho ao país e a algumas instituições, que ainda não aderiram, e estamos a dar o nosso contributo para essa agenda. O apoio do Laboratório da Paisagem, que vai monitorizando todo o processo, tem sido fundamental", explica Mauro Fernandes.

Mas o que é esta Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU? A 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor uma resolução intitulada "Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, constituída por 17 objetivos, desdobrados em 169 metas, aprovada pelos líderes mundiais numa cimeira em Nova Iorque. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável constituem uma visão comum para a Humanidade e um contrato social entre os líderes mundiais e os povos. São uma lista do que é preciso fazer em nome dos povos e do planeta.

Os 17 objetivos para transformar o mundo da Agenda 2030 da ONU
Os 17 objetivos para transformar o mundo da Agenda 2030 da ONU Os 17 objetivos para transformar o mundo da Agenda 2030 da ONU créditos: @apee.pt

"Dos 17 objeticos, claro, há alguns que fogem do nosso âmbito, mas a ideia é abranger o máximo de objetivos e metas, sobretudo com suporte local. Para isso são fundamentais as parcerias que temos vindo a constituir. Olhamos para esses objetivos, mas partindo do que está mesmo à nossa volta, tentando também que quem está a trabalhar connosco nessas parcerias abrace essa agenda", explica aquele dirigente do Xico.

Lâmpadas substituídas e caudal de água dos chuveiros reduzido

As medidas mais acessíveis ou relativamente acessíveis já foram tomadas. Por exemplo, as lâmpadas existentes já foram substituídas por lâmpadas LED em toda a iluminação que é acessória à do campo. A nível do circuito de água também se procedeu já a uma redução do caudal do mesmo, bem como a uma temporização dos chuveiros. Para  breve está prevista a substituição da iluminação do campo e a mudança das caldeiras. As verbas já estão alocadas.

Mauro Fernandes relata ainda outras medidas que já foram tomadas. "Tínhamos um serviço de lavandaria interna e fizemos uma parceria com um patrocinador a esse nível, de forma a reduzir o número de lavagens, visto que eles possuem máquinas industrializadas e, tratando-se de um patrocínio, não tem custos para o clube. Redefinimos igualmente todos os nossos fornecedores de produtos de limpeza para distribuidores locais, o que necessariamente reduz a nossa pegada ambiental em tudo o que está ligado a deslocações e transportes", assinala.

Em breve, junto ao pavilhão serão colocados contentores para pastilhas elásticas e para cigarros, que depois poderão dar origem a uma série de outros materiais. Uma forma de transformar lixo, reciclando-o.

Sistema de informação permite reduzir custos...e o uso de papel

Também a nível administrativo houve uma renovação. "Criámos um sistema de informação ajustado às nossas necessidades, que contempla todas as componentes do clube, desde a parte clínica, à manutenção, à desportiva, naturalmente, e à escolar. Tudo está alicerçado nesse sistema informatizado que nos permitiu desde logo uma poupança ambiental, em termos do papel e dos tinteiros que não gastamos", acrescenta Mauro Fernandes.

Uma grande ajuda a nível da gestão, nos vários processos que envolvem a mesma, que estão, agora automatizados, e que acaba por ser benéfica não só em termos ambientais, mas também em termos económicos.

'Sonho' de um veículo elétrico fica para depois

Em termos de mobilidade, há muito que o Xico Andebol promove a partilha de carros, com quatro ou cinco pessoas no mesmo veículo, tentando evitar ao máximo o uso da carrinha do clube. O 'sonho', naturalmente, passa pela aquisição de um autocarro elétrico, mas o custo elevado faz com que se trate de um objetivo a longo prazo.

"A evolução para um veículo elétrico é uma das medidas que tão cedo não conseguiremos concretizar, a menos que seja feita uma campanha especial para esse efeito, mas teria grande impacto. Será talvez a medida mais distante de concretizar, dado os custo. A caldeira e a iluminação do pavilhão também eram algo mais a longo prazo e conseguimos antecipar. Esta do veículo ainda não", lamenta Mauro Fernandes.

A nível de mobilidade, o que o clube terá disponível em breve junto ao seu pavilhão é um parqueamento para bicicletas, em linha com o projeto de ciclovias que a cidade de Guimarães está a desenvolver, estando prevista uma parceria com uma empresa de bicicletas elétricas.

Beneficios financeiros a médio e longo prazo

“Achamos que é este o futuro em termos de gestão. A questão ambiental traz claros benefícios financeiros a médio e longo prazo”, sublinha o vice-presidente do Xico Andebol.

Mauro Fernandes diz que o projeto, em termos ambientais, toca três componentes: a sensibilização dos atletas, cumprindo o dever de os formar também enquanto pessoas, a questão económica e financeira a longo prazo e o desígnio ambiental da cidade de Guimarães.

"Há muito que há em Guimarães essa preocupação ambiental e nós queremos fazer o nosso papel, influenciando e dando o exemplo a outras instituições"

“Somos uma escola de valores e somos conhecidos por isso. Por encaminhar e focar os miúdos na parte boa da vida, pelo desporto. É um papel importante que sempre tivemos. É um contributo que achamos que temos de ter. E esse contributo estende-se à cidade e à gestão municipal, fazendo dela uma cidade verde. Há muito que há em Guimarães essa preocupação ambiental e nós queremos fazer o nosso papel, influenciando e dando o exemplo a outras instituições”, sublinha o dirigente, lembrando o sonho de Guimarães vir a ser uma Cidade Verde Europeia.

Investimento superior a 50 mil euros

Nas medidas de execução imediata, e com a caldeira e a iluminação do pavilhão, o Xico Andebol vai gastar cerca de 40 a 50 mil euros. Depois há outras pequenas mudanças que vão sendo feitas ao longo do tempo e que, por serem executadas juntamente com empresas parceiras, vêem os seus custos atenuados.

"Diria que será preciso um investimento nunca inferior a 50 mil euros no imediato para dar cumprimento às medidas a implementar a curto prazo, mas o valor total é superior, com a colocação de painéis solares. Depois, quando avançarmos para a compra de uma carrinha elétrica, estamos a falar de cerca de 100 mil euros, porque terá de ser uma carrinha capaz de transportar toda a estrutura da equipa e esse terá de ser um investimento a longo prazo, dividido pelo orçamento de vários anos", reforça Mauro Fernandes.

O vice-presidente do Xico Andebol, contudo, espera que todas estas medidas tenham um retorno financeiro no espaço de cinco a dez anos. "A nível do investimento energético, por exemplo, consideramos que em seis anos estará recuperado. Outras medidas demorarão mais tempo a trazer retorno. Por exemplo, a compra do veículo elétrico só começará a compensar, em termos de custos, ao fim de dez anos, porque teremos de continuar a utilizar também outros veículos visto termos várias equipas a jogar ao mesmo tempo", ressalva.

Nada que assuste. "Mas, como costumo dizer, nem que demore dez ou quinze anos a recuperar esse investimento, o nosso clube já tem 80 anos, por isso dez anos na história do clube são uma coisa insignificante", conclui.

Cumprir o papel social em tempos de pandemia

Como já referimos, este projeto do Xico Andebol vai muito para além da sustentabilidade ambiental e financeira, envolvendo também um forte cariz social.

"A componente social tem a importância que tem no nosso clube porque sempre tivemos esse papel de proximidade com o nosso público e está-nos no sangue. Então fomos à procura de instituições que necessitem do nosso apoio, tentando manter essa nossa vertente que é histórica, que sempre foi sinónimo deste clube e que agora, nestes tempos difíceis, ainda se justifica mais", aponta Mauro Fernandes.

"Assumimos desde o início que a dificuldade que estamos a passar neste momento não podia ser um argumento para baixar os braços"

A pandemia da COVID-19 reforçou, assim, o já forte papel de apoio à sociedade que o clube vinha desenvolvendo. "Assumimos desde o início que a dificuldade que estamos a passar neste momento não podia ser um argumento para baixar os braços. Se já tínhamos um papel social importante, perante os tempos difíceis que estamos a atravessar sentimos ainda mais essa missão e começámos por aquilo que nos é mais sensível, que são as crianças, tentando com a nossa influência suprir quaisquer necessidades que elas tenham e tentando que não abandonem a prática desportiva", explicou-nos o vice-presidente do histórico emblema vimaranense.

Assim, o Xico Andebol reforçou, por exemplo, parcerias que já tinha, como com a CerciGui, instituição que é uma referência em Guimarães na promoção da inclusão social das pessoas com deficiência e juntamente com a qual o clube criou uma equipa de andebol adaptado que não tardou a subir ao escalão principal. No total serão cerca de 40 atletas envolvidos nesta parceria.

Seguindo em linha com os objetivos da Agenda 2030 da ONU, há também uma parceria com a Casa da Criança de Guimarães. A ideia passa por proporcionar a essas crianças institucionalizadas um ambiente mais saudável, confraternizando com outras crianças fora dessa institucionalização.

E há ainda uma associação com a Refood Guimarães, com vista a apoiar o combate às sobras e ao desperdício alimentar, igualmente reforçada neste período.

Componente social nas mãos da equipa sénior feminina

Curioso, neste capítulo da sustentabilidade e solidariedade social, é o facto de o acompanhamento destas parcerias ser feito pelas jogadoras da recém-criada equipa feminina sénior do Xico Andebol. Mauro Fernandos explicou-nos porquê.

"Fizemos questão de entregar a operacionalização destas parcerias à equipa feminina. Pela primeira vez contamos com uma equipa sénior de andebol feminina, porque tínhamos cinco atletas que atingiram a idade de seniores e teriam de abandonar o clube, que é o que nós menos queremos. Então avançámos para a criação da equipa sénior, até por uma questão da igualdade de género que também queremos transmitir. A partir desse momento, propusemos envolvê-las neste plano de sustentabilidade e nas parecerias que vamos estabelecendo. Elas aceitaram de imediato", referiu.

Foram então destacadas duas ou três atletas para cada projeto, gerindo e monitorizando ao longo do ano como estão as crianças, organizando eventos de recolha de alimentos ou dando acompanhamento técnico à equipa de andebol adaptado.

Resistir em tempos de pandemia

Face à COVID-19, o Xico Andebol, determinado em manter esta sua missão social, fez questão de não fechar portas, mesmo com as equipas seniores de novo com as competições interrompidas e as de formação sem competir há um ano.

Curiosamente, os constrangimentos ditados pela pandemia surgiram até numa altura em que o clube estava já a começar a criar algumas ferramentas online para manter maior contacto com os atletas.

“Estávamos a começar a implementar ferramentas pouco antes dessa paragem que visavam abrir o clube aos atletas de manhã à noite. Estávamos a começar a produzir vídeos com os nossos preparadores físicos e treinadores que permitissem ao atleta chegar ao ginásio e escolher qual o treino que queria fazer naquele dia. Estávamos precisamente na implementação desse projeto quando a pandemia surgiu, por isso foi mais fácil”, destaca Mauro Fernandes.

Apesar das dificuldades, os treinos continuaram sempre que possível, embora a assiduidade tenha diminuído, sobretudo na formação. Ainda assim, de um universo de cerca de 300 atletas, 50 terão parado, embora o clube acredite que muitos deles possam retornar.

Sustentabilidade ambiental, financeira e social: o plano do Xico Andebol que pretende ser um exemplo para Guimarães e para o país
Sustentabilidade ambiental, financeira e social: o plano do Xico Andebol que pretende ser um exemplo para Guimarães e para o país A aposta na formação de jovens, como andebolistas, mas também como pessoas e cidadãos, é uma das máximas do Xico Andebol créditos: @Xico Andebol

Mas a maior parte continua vinculada ao clube e com vontade de retomar, garante Mauro Fernandes. "Temos feito coisas muito engraçadas. Por exemplo, os nossos treinadores ensinaram os atletas a fazer observação técnica e tática de jogos e todos eles tiveram de fazer observação dos jogos do Mundial, em janeiro. Para além dessa observação dos jogos, discutida depois por videoconferência, e com a competência que foram ganhando no auto-treino, uma vez por semana dois atletas dão o treino online aos colegas", conta.

O principal problema tem vindo dos patrocínios e deverá agravar-se. "Muitas empresas não deverão renovar o seu apoio e é uma dificuldade que vamos sentido, mas não é muito nosso costume entrar em queixumes, porque resulta pouco. Estamos todos em dificuldades e temos de fazer o melhor. Até por aí, é fundamental encontrar uma autonomia financeira e o projeto da sustentabilidade e da agenda 2030 pode ser uma forma de concorrer a fundos adicionais", explica o vice-presidente do Xico Andebol.

Os objetivos desportivos bem alicerçados e o orgulho em Rui Silva, herói da Seleção Nacional

A pandemia, porém, veio atrasar objetivos desportivos que seriam naturais e uma eventual aposta na subida ao escalão principal, onde o Xico Andebol não está desde 2017/18. "Neste momento estamos sub-financiados e, como nunca parámos, ao contrário de outros clubes, ao estarmos sub-financiados temos mais prejuízo do que se parássemos. Mas foi uma posição que assumimos e ao assumi-la não poderemos assumir outras", explicou-nos Mauro Fernandes.

"Não é possível termos objetivos competitivos de qualidade a médio ou longo prazo se não tivermos a casa arrumada"

"Há que encontrar um equilíbrio e reajustar objetivos, porque todos estes projetos têm custos associados. E não querendo desvalorizar a competição, que ela é importante para os nossos atletas, a dada altura temos de equilibrar a balança com projetos como o da sustentabilidade, que tem muito a ver com a capacidade de autonomia, de forma a encontrar uma estabilidade, e só depois pensar na competição. Porque não é possível termos objetivos competitivos de qualidade a médio ou longo prazo se não tivermos a casa arrumada", prosseguiu.

A ideia passa por, quando o clube conseguir regressar à primeira divisão, fazê-lo de forma alicerçada. "Quando formos temos de ter um orçamento preparado, capaz de ser suportado de forma autónoma e não estar dependentes de A ou B. Porque isso depois reflete-se no futuro. Um ano na primeira divisão poderá implicar cinco ou seis para recuperar a nível financeiro. E nós assumimos que não íamos deixar um euro de dívida ao clube", frisa o vice-presidente do Xico.

Alegria e orgulho com momento histórico da Seleção

Nos últimos dias o andebol português ficou marcado por um feito histórico: o inédito apuramento da Seleção Nacional para os Jogos Olímpicos. E o Xico Andebol orgulha-se de, de certa forma, fazer parte dessa história. É que Rui Silva, o autor do golo decisivo no triunfo sobre a França, fez toda a sua formação no clube vimaranense e que não esquece as suas raízes.

"Para o clube e para toda a cidade de Guimarães foi um orgulho. O Rui é um exemplo. Ele manteve sempre a ligação ao clube. Quando regressou do Europeu, em 2020, a primeira entrevista que deu foi num vídeo ao Xico Andebol. E há poucos dias tinha estado aqui no pavilhão. Temos uma ligação umbilical com a carreira do Rui", assinala Mauro Fernandes.

Também o treinador adjunto da Seleção, Paulo Fidalgo, passou pelo clube e o presidente e vice-presidente da Federação Portuguesa de Andebol são naturais de Guimarães. "Por tudo isso, não só o clube mas toda a cidade ficou eufórica com o feito. Enche-nos de orgulho. O Rui é, talvez, a referência e o exemplo maior para os nossos atletas de que é possível chegar longe. Entrou com 4 anos para o Xico Andebol e saiu com 17. Fez cá toda a formação. Estamos a falar de um atleta com valores muito à imagem do que queremos para o nosso clube", acrescenta o dirigente.

"Queremos provar que nem tudo é dinheiro e há coisas que se podem fazer independentemente da disponibilidade financeira"

Em jeito de conclusão, Mauro Fernandes reforça a vontade do clube em contribuir para o desenvolvimento da sociedade a vários níveis e o desejo de que outros sigam o exemplo.

"Queremos ter um papel social importante e queremos justificar à sociedade quem é o Xico Andebol. O peso da responsabilidade dos nossos 80 anos de história obriga-nos a isso e a sermos exemplo para a outras instituições, porque sozinhos não conseguimos dar todo o contributo necessário à cidade de Guimarães, se outros não forem atrás. Queremos provar que nem tudo é dinheiro e há coisas que se podem fazer independentemente da disponibilidade financeira. Ao mesmo tempo, queremos mostrar que a profissionalização tem de ser feita por esta via. Aquilo a que de início chamamos custo é um investimento, porque mais à frente vai dar frutos", remata.

Sustentabilidade ambiental, financeira e social: o plano do Xico Andebol que pretende ser um exemplo para Guimarães e para o país
Sustentabilidade ambiental, financeira e social: o plano do Xico Andebol que pretende ser um exemplo para Guimarães e para o país A substituição da iluminação do campo do pavilhão por outra mais amiga do ambiente será levada a cabo em breve créditos: @Xico Andebol