O médico Mark Schmidt, que criou uma rede de doping desmantelada em 2019 pela denominada ‘operação Aderlass', confessou hoje em tribunal, em Munique, que dopou atletas desde 2012 após estar "fascinado" com o desporto de elite.
Numa nota lida pelos seus advogados, Schmidt explicou que não se lembra da razão pela qual começou a praticar o doping, por via sanguínea, sobretudo com atletas de esqui e de ciclismo, mas que a saúde dos atletas era "muito importante", além de que a dopagem "tem de estar na agenda para um atleta que queira ser bem sucedido".
Sem revelar os nomes de atletas, este "fascinado pelo desporto de elite", como se descreveu, não se importava com "ter lucro financeiro", mas antes exercia "por ‘hobby'".
Pedia cinco mil euros pelas amostras de sangue e pelas operações de injeções repetidas, admitiu, e recebia bónus quando atletas venciam corridas ou medalhas.
O caso Aderlass foi conhecido em fevereiro de 2019, quando a polícia austríaca fez buscas na sede da organização dos Mundiais de esqui alpino, em Tirol, com cinco atletas detidos, além de Mark Schmidt, com várias outras detenções a acontecerem desde então.
O veredicto do médico, filho de desportistas e antigo atleta de esqui alpino, será conhecido ainda antes do Natal, indicou o tribunal de Munique, assim como de quatro cúmplices, um deles o pai de Mark Schmidt.
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