Susana Costa disse estar feliz e confiante com a melhor marca da época no triplo salto, que lhe valeu hoje um lugar na final dos Europeus de atletismo, enquanto a campeã em título, Patrícia Mamona, eliminada, mostrou-se resignada.
"Não consegui no primeiro salto [13,80], porque a corrida não foi perfeita, como tinha feito no aquecimento. Ajustei, entrei com mais confiança e consegui o apuramento. Estou contente por ter conseguido a minha melhor marca nesta época, o que dá mais confiança para a final", disse Susana Costa no final.
A atleta foi a única das três portuguesas a conseguir o acesso à final do triplo salto nos Campeonatos da Europa de Atletismo. A campeã europeia de há dois anos, em Amesterdão, Patrícia Mamona, e Lecabela Quaresma, uma estreia, ficaram pelo caminho.
Foi uma prova de qualificação dividida em dois grupos e marcada por problemas organizativos, com as atletas a terem de aguardar algum tempo devido a uma quebra de energia nos sistemas de leitura e de comunicação.
No grupo A, Susana Costa saltou 14,17 metros, sendo sétima no seu grupo, fazendo a sua melhor marca desta época (tinha 14,01), apurando-se diretamente para a final (a qualificação era de 14,05 metros).
"Agora, para essa final, na sexta-feira [às 19:07, hora de Lisboa], não vou falar em medalhas, porque nunca falo. Só quero chegar às oito primeiras e depois lutar pelo melhor resultado, se possível melhorar o quinto lugar de há dois anos em Amesterdão", concluiu.
A qualificação no triplo foi muito forte e quem não fez a marca de qualificação (14,05) ficou de fora, o que não é habitual.
Entre elas as outras portuguesas. Patrícia Mamona, a campeã em título, saltou 13,92 metros (sexta no seu grupo) e ficou fora das 12 finalistas.
"Foi complicado, numa qualificação muito forte, com as adversárias no seu melhor a não darem hipóteses. Eu estava esperançada em fazer a marca de qualificação, estava a sentir-me bem, infelizmente não consegui, mas não estou tão triste como pensava que ficaria. Há dois meses nem pensava em estar aqui, mas consegui vir por mérito próprio, fazendo a marca de qualificação, não foi usar o ‘wild card'. Sei que estava muito forte, mas mão deu", referiu a sportinguista.
O resultado aquém do esperado não retira ânimo a Patrícia Mamona, que projeta já o resto da temporada.
"A lição que aprendi desta época muito curta é que se consegui aqui chegar só com dois meses de trabalho, é porque sou muito forte, e deixa-me a pensar no que poderei conseguir com uma época sem problemas", disse.
Para Lecabela Quaresma, a aventura de participar no triplo salto terminou ao não conseguir ir mais longe que os 13,87 metros.
"Decidi vir ao triplo, pois fiz os mínimos e porque não tentar a sorte? Foi uma grande sensação, fico triste de não ir à final, mas agora é pensar no heptatlo, que começa já amanhã [quinta-feira], e tentar dar o meu melhor, à procura do recorde pessoal", referiu.
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