A 16.ª edição da corrida São Silvestre de Lisboa apresentada, esta quinta-feira, contará com um recorde de 61 nacionalidades presentes e espera chegar ao número máximo de 12.500 participantes, registado em 2022, estando atualmente nos 11.000 inscritos.

A apresentação da prova realizou-se na Câmara Municipal de Lisboa, um dos parceiros do evento, destacando-se as diferentes nacionalidades dos atletas (61), em representação dos cinco continentes, sendo que 91% dos inscritos são portugueses, seguidos de 4% de atletas brasileiros e ainda 2% vindos de Espanha.

Também a percentagem de participação feminina já alcançou os 38% que foi registado no ano passado, o que se figura como um recorde de todas as edições, numa altura em que as inscrições para a 16.ª São Silvestre de Lisboa ainda se encontram a decorrer.

Entre os atletas de elite já confirmados, sobressaem, nos masculinos, para a presença de Samuel Barata, Isaac Nader, Etson Barros (Benfica), Ricardo Batista (Clube de Natação de Torres Novas), Miguel Marques, Hélio Gomes (Sporting) e Hermano Ferreira (Escola de Atletismo de Coimbra), enquanto, na vertente feminina, destacam-se Solange Jesus (Sporting de Braga) ou Melanie Santos (Benfica), que compareceram na apresentação.

“Para mim, é a melhor São Silvestre do país. Estar presente nesta moldura humana é qualquer coisa de espetacular. Este é, provavelmente, o meu melhor ano de sempre, até agora. Eu consegui resultados muito bons, fruto de muito trabalho e dedicação. Espero acabar 2023 da melhor forma e estar competitivo, para que consiga vencer”, salientou Samuel Barata, recordista da prova, graças aos 28.43 minutos feitos na edição de 2021, e que este ano fixou o novo recorde nacional da meia-maratona, em Valência.

A ‘guerra dos sexos’ é também um atrativo especial da prova, com a competitividade entre homens e mulheres a fixar-se, até ao momento, numa vantagem tangencial para os homens, de sete triunfos contra seis das mulheres, que prometem luta para igualar.

“Eu não quero desmoralizar já os homens, mas 03.43 minutos é bastante tempo. Não deixa as mulheres confortáveis, mas deixa a competição bastante renhida. Vamos dar muita luta para igualar esse resultado”, avisou Melanie Santos, que vai participar pela 11.ª vez na São Silvestre de Lisboa, algo que a deixa “bastante contente e orgulhosa”.

Esse tempo foi a diferença registada em 2022 entre os triunfos de Miguel Marques e Mariana Machado, o que permitirá às mulheres arrancar o percurso de 10 quilómetros com esse tempo de vantagem, mas Ricardo Batista, na sua terceira participação, pensa que a prova será “muito renhida”, tanto no lado masculino, como na ‘guerra dos sexos’.

“Acho que será muito renhida, mas espero que os atletas da frente consigam encurtar a distância e consigam vencer o duelo entre as mulheres e os homens”, frisou o atleta.

Por outro lado, a estreante Solange Jesus mostrou-se “ansiosa” por participar na prova pela primeira vez, na qual manifestou a intenção de procurar “ganhar e correr rápido”.

“É a primeira vez que vou participar, mas tenho acompanhado todas as outras edições. A partida em si é espetacular e depois também a Avenida da Liberdade, tanto na parte da subida, como no último quilómetro, repleta de gente. É muito especial”, expressou.

A elite masculina parte às 21:30, precisamente 03.43 minutos depois da elite feminina, num percurso que inicia na Praça dos Restauradores, passa pela zona histórica citadina e termina na Avenida da Liberdade, onde está instalada a meta e a cerimónia de pódio.