As formações do 1º de Agosto e Ferroviário de Maputo voltam a disputar a final da Liga dos Clubes Campeões Africanos em Basquetebol sénior feminino, 11 anos depois da única consagração desta equipa angolana ante adversárias moçambicanas.
O ano de 2006 ficou cravado de positivismo na história da equipa “militar”, com a conquista do seu primeiro troféu continental, na 12ª edição, em Libreville (Gabão), ao superar na final o Ferrovia, por 84-79.
No cômputo geral, será a quinta final diante de uma formação moçambicana e o D’Agosto acumula três desaires, num confronto iniciado na nona edição, em 2001.
Daí em diante, o conjunto angolano não arredou pé das finais, sendo incapaz de contrapor os intentos do First Bank da Nigéria em 2003, na 10ª edição, e do Djoliba Athletic Club do Mali, em 2005, na 11ª edição. A competição, cujo arranque se deu em 1985, era disputada no intervalo de dois anos até 2005.
A persistência em finais da equipa adstrita às Forças Armadas Angolanas (FAA) víria a ser “coroada” na sua quarta presença consecutiva (em 2006), chegou a totalizar seis, e quis o destino que fosse diante das moçambicanas do Ferroviário, formação de um país, “irmão”, com certa tradição no basquetebol a nível de clubes no continente.
Mas, quando se vislumbrava o período risonho das “agostinas”, eis que o então campeão angolano cedeu à pressão moçambicana, na altura, para o Desportivo de Maputo, que se mostrou superior na 13ª edição, em casa, e na 14ª, em Nairobi (Quénia), com resultados nas finais de 64-47 e 70-63, respetivamente.
No entanto, a final da 23ª edição, segunda entre ambos na Liga, vai opor duas equipas com desempenho e objetivos semelhantes, mas histórico diferente, pois as angolanas perseguem o terceiro troféu, na sua 10ª decisão, enquanto o oponente, na terceira presença, procura o primeiro título.
Em cinco partidas, o 1º de Agosto registou somente vitórias, ao passo que o Ferroviário em seis jogos averbou uma derrota, por sinal, diante das “militares” na fase de grupos. Recentemente defrontaram-se no zonal de apuramento à esta prova, em Gaberone (Botswana), e as moçambicanas levaram a melhor.
A última vez que estiveram envolvidas numa final foi diante do Interclube, tendo o D’Agosto se sagrado campeão, em 2015, coincidentemente no pavilhão Multiusos do Kilamba, palco da decisão de mais logo, enquanto a equipa moçambicana perdeu no ano transato, em Maputo.
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