O basquetebol Charles Thomas reapareceu, depois de ter sido dado como morto durante 40 anos. Escreve o jornal 'Marca' que o atleta norte-americano, que representou os Barcelona entre 1970 e 1975, teve problemas quando deixou a modalidade: enveredou-se pelo caminho das drogas e acabou por se divorciar da mulher.
Durante muitos anos pensou-se que estivesse morto mas Norman Carmichael, que foi seu colega no Barça, revelou que falou com ele há poucos dias, por videoconferência. Aos 74 anos, Charles Thomas está a viver num lar de idosos na localidade de Amarilo, Texas.
Carmichael contou que há uns dias recebeu uma chamada de uma mulher que lhe disse que Thomas queria falar com ele. Chegou a pensar que se tratava de alguma brincadeira de mau gosto, já que o seu antigo colega tinha sido dado como morto. Mas, após insistência, aceitou o telefonema e, quando ouviu a voz do outro lado da linha, ficou sem reação.
"Quando vi a sua cara na videochamada, fiquei sem palavras. Reconheci-o pelo sorriso e pela forma de falar. Falou comigo com muita calma e nunca tentou convencer-me que era mesmo ele. Só queria falar comigo", revelou, em declarações reproduzidas pelo jornal 'Marca'.
Thomas fez sucesso no Barcelona e foi o melhor marcador do campeonato espanhol nas temporadas 1968-69 e 1969-70. Depois de uma lesão grave contra o Real Madrid, voltou a jogar mas nunca foi o mesmo. Deixou o basquetebol e desapareceu do mapa.
Carmichael não vê as horas para abraçar o seu amigo.
"Esta deve ser uma situação difícil para a família dele, porque ele abandonou-os e desapareceu, simplesmente. Não sei como vão lidar com o reaparecimento, 40 anos depois. Mas eu tenho o meu amigo de volta, temos a toma da segunda dose da vacina [para a COVID-19] marcada para daqui a duas semanas e depois poderemos voltar a ver-nos", disse Carmichael.
Charles Thomas era um poste de 2,01 metros, um dos primeiros norte-americanos a jogar basquetebol no Barcelona. A sua carreira está cheia de histórias. Em Espanha diz-se que foi contratado pelo Barcelona em detrimento de um tal de Lew Alcindor, depois renomeado como Kareem Abdul-Jabbar, porque pedia metade em salários que o craque que fez história na NBA.
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