O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) considerou hoje que o abandono do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), que o faz subir a terceiro na geral, deixa a corrida “mais pobre”.

A queda do campeão do Giro2020, a 68 quilómetros da meta, que o levou a ser hospitalizado pouco depois, acabou por ser a nota dominante da 11.ª etapa, para a qual o britânico partiu como terceiro na geral.

Também o líder, o britânico Geraint Thomas, igualmente da INEOS, e o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo a dois segundos, caíram, mas recuperaram a posição no pelotão.

“Felizmente, escapei à queda. Foi muito mau. O Tao está fora, o que é muito triste, e Roglic e Thomas também caíram. Foi uma descida simples, não sei como caíram”, analisou Almeida, após a etapa.

O português, líder da classificação da juventude, tem boa relação com o britânico, que passou pela mesma equipa norte-americana, a Hagens Berman Axeon, ainda que em anos diferentes, e viveu o Giro de 2020 que este venceu, no qual o português andou 15 dias na liderança e acabou em quarto.

A saída de cena, ao ser levado para o hospital, deixa “a corrida mais pobre”, tal como outros abandonos que se têm sucedido nos últimos dias da ‘corsa rosa’, desde logo o do belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), no domingo, quando liderava a geral.

“O Tao era um dos ciclistas mais fortes. Esperava que lutasse pela vitória. É triste, a corrida fica mais pobre com tantos a abandonar. Espero chegar até ao final”, afirmou o ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha).

No dia em que Almeida subiu a terceiro, a 22 segundos de Thomas, o seu companheiro de equipa alemão Pascal Ackermann venceu ao sprint, no final dos 219 quilómetros entre Camaiore e Tortona, cumpridos em 5:09.02 horas, batendo sobre a meta o italiano Jonathan Milan (Bahrain-Victorious), segundo, e o britânico Mark Cavendish (Astana), terceiro.

“Estou feliz por ele. Ackermann tem estado muito bem, incluindo na terça-feira, mas infelizmente a fuga vingou. Tem estado muito bem neste Giro”, elogiou Almeida.

Na quinta-feira, a 12.ª etapa liga Bra a Rivoli em 179 quilómetros e inclui duas contagens de montanha, uma de terceira e outra de segunda categorias.