“No ano passado, tive a sorte de vestir a amarela. Isso será mais difícil este ano. Devo limitar as perdas no contrarrelógio. Se amanhã [sexta-feira] conseguir ficar nos 10 primeiros, com um bom ‘crono’, haverá uma pequena possibilidade de chegar à camisola amarela” durante a primeira semana, analisou o neerlandês da Alpecin-Fenix.
‘Estrela maior’ do pelotão internacional, Van der Poel entrou no ano passado na história da ‘Grande Boucle’, ao envergar a amarela durante seis etapas, concretizando o sonho de honrar o seu avô, o ‘eterno segundo’ Raymond Poulidor, o ciclista que mais vezes subiu ao pódio final da Volta a França (oito), sem nunca vestir a camisola de líder, e que morreu em 2019.
“Não sei onde me ‘situarei’ em relação aos especialistas do contrarrelógio. Se perder entre 10 e 15 segundos, será um bom resultado, e poderei tentar algo nos dias seguintes, talvez até antes da [quinta] etapa dos ‘pavé’”, disse.
O discurso de ‘MVDP’ em relação ao contrarrelógio de 13,2 quilómetros da primeira etapa da 109.ª edição, percorrido nas ruas de Copenhaga, parece demasiado cauteloso para quem, no ano passado, conseguiu defender a amarela no contrarrelógio de Laval, na quinta tirada, e fez o mesmo no último Giro, sendo segundo no ‘crono’ para manter a ‘maglia rosa’.
“O percurso assemelha-se ao da etapa do Giro, com muitas viragens e poucas linhas direitas, o que me dá uma vantagem em relação aos verdadeiros especialistas. Penso que é possível limitar as diferenças”, estimou.
Van der Poel, de 27 anos, considera que a sua condição física é, neste momento, idêntica à que tinha antes da Volta a Itália, na qual foi um dos protagonistas, com uma vitória em etapa e várias presenças em fugas.
“Tenho apenas mais dias de corrida nas pernas, pelo que devo estar ligeiramente mais forte. Realizei um bom estágio em altitude, em Livigno, e sinto-me preparado a ter uma boa prestação no Tour”, resumiu o líder da Alpecin-Fenix.
O neerlandês, duas vezes vencedor da Volta à Flandres (2022 e 2020), será um dos homens em destaque na primeira semana da ‘Grande Boucle’, que arranca na sexta-feira em Copenhaga, para três etapas ‘nervosas’ na Dinamarca, em que o vento pode desempenhar um papel fundamental, e ‘muda-se’ na segunda-feira para França, onde o pelotão enfrentará, na quinta tirada, uma mini-Paris-Roubaix.
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