A Volta a Itália em bicicleta de 2014, apresentada hoje em Milão, vai partir de Belfast a 09 de maio e chegar a Trieste a 01 de junho, numa edição com mais chegadas em alto, mas «mais humana» de acordo com os organizadores.

O percurso da 97.ª edição terá nove chegadas em alto, cinco das quais de alta montanha, e um dia de descanso extra, para os ciclistas recuperarem da transferência aérea desde Dublin, cidade onde termina o périplo irlandês do Giro.

«É um percurso nervoso como se quer no ciclismo moderno», defendeu Pier Bergonzi, um dos responsáveis do RCS, o grupo organizador.

Depois das jornadas irlandesas, o Giro ruma ao norte, sem esquecer a média montanha, antes de apresentar um contrarrelógio de 46,4 quilómetros em Piémont, na 12.ª etapa.

No final de segunda semana, chegam as subidas alpinas de Oropa (14.ª etapa) e Montecampione (15.ª etapa) e a homenagem ao escalador italiano Marco Pantani, que morreu há dez anos, e se coroou nesses topos.

Na terceira semana, a “corsa rosa” regressa ao Val Martello, que não chegou a ser final de etapa em 2013 devido ao mau tempo, e aos Dolomitas e dirige-se ao Monte Grappa, palco de uma crono-escalada de 26,8 quilómetros.

Se o dono final da camisola rosa ainda não for conhecido na véspera de chegada a Trieste, o Monte Zoncolan, uma das subidas mais duras do histórico da Volta a Itália, servirá para dissipar todas as dúvidas.

«É um Giro mais humano, mas não mais fácil. No mapa, é um percurso para um corredor completo», descreveu o último vencedor, o italiano Vincenzo Nibali, que apontou o contrarrelógio como o dia chave para definir o vencedor final, que deverá sair de um restrito lote que, já hoje, anunciou a sua presença.

Além de Nibali, estarão presentes os espanhóis Alejandro Valverde (Movistar) e Joaquim Rodriguez (Katusha), o luxemburguês Andy Schleck (RadioShack) ou o italiano Ivan Basso (Cannondale).