Nesta segunda parte da entrevista, o treinador do Sporting aborda os jogos particulares realizados pela sua equipa e as sensações do seu primeiro dérbi.
Esta pré-época do Sporting tem sido marcada pelo facto de quase todos os jogos serem realizados com equipas da primeira divisão, contrariando a tendência de outras pré-temporadas.
Eu se pudesse optar entre treinar com os melhores ou jogar com equipas medíocres, eu optaria sempre pelos melhores. Não faço isso para depois sair no jornal que tivemos uma vitória por 14-1 ou 16-0. Eu acho que nós evoluímos e crescemos se a competição for mais exigente. Se pudesse até treinava com as melhores formações do campeonato espanhol ou russo.
Como foi para si viver o primeiro dérbi do futsal, o jogo que todos dizem ser especial pelo ambiente que o envolve. Sentiu a mística de que tanto se fala?
Se calhar ainda não, talvez por ter sido um torneio fora de Lisboa, e não ter sido um jogo oficial. O que senti não foi nada de diferente de quando era treinador do Instituto e jogava contra este tipo de equipas. Na forma como reagiram comigo ou como me trataram nada foi diferente do que eu estava à espera.
Mas saiu satisfeito com a prestação dos seus jogadores deste jogo com o Benfica? (o Sporting venceu a partida nas grandes penalidade, após um empate a quatro golos)
Senti sempre um Sporting muito forte e que foi alvo de uma injustiça muito grande ao ter apenas ganho nas grandes penalidades. Pela qualidade e superioridade enorme que demonstrou, a minha equipa merecia sair vitoriosa no jogo corrido.
Nesta pré-época, para além do reforço Divanei, o Sporting conta com um júnior no plantel durante esta fase: Ivo Oliveira. O que vale este jovem de 17 anos?
Houve várias reuniões de preparação para esta época. O facto de o Miguel Angelo estar neste plantel, mas ainda a recuperar de lesão, fazia com que faltasse um jogador para aquilo que nós pretendíamos para os treinos: 12 atletas. Em várias reuniões foi-nos alertado que existiam várias opções de jogadores que podiam integrar a equipa com qualidade. O Ivo tem treinado bem e tem uma margem de progressão enorme.
E que expectativas tem relativamente a Miguel Angelo que é apontado como uma promessa do futsal português?
Quanto ao Miguel Angelo, as referências que tenho são excelentes. Espero que, a qualquer momento, recupere da intervenção cirúrgica ao joelho. Já está a começar a integrar algumas situações de treino. Espero que em novembro ele possa estar perfeitamente recuperado e a dar os seus passos. A qualidade que ele tem é enorme e eu gosto de gente jovem, capaz e com muita qualidade.
Comentários