O piloto português Filipe Albuquerque disse hoje, na chegada a Lisboa após a vitória no fim de semana nas 24 horas de Daytona, que o triunfo demonstra a qualidade dos portugueses e que não é de agora.
"Esta vitória significa que os pilotos portugueses estão muito bem representados lá fora e já não é de agora. Somos bem vistos porque somos bons. Isto é apenas o concretizar de um bom resultado para Portugal", disse Filipe Albuquerque, ainda na ressaca do sucesso em Daytona Beach, na Flórida.
Filipe Albuquerque, que teve como parceiros no ‘team' Cadillac DPi-V.R o português João Barbosa e o brasileiro Christian Fittipaldi, bateu o recorde de voltas (808) e de milhas (2.876,85) do circuito norte-americano, um dos mais famosos do mundo automóvel.
O piloto vincou que, nas provas de resistência, ter talento é fundamental.
"É preciso talento para gerir um carro em competição durante 24 horas. Nas provas de resistência o talento é mais importante do que a política de patrocínios. Aqui, quando um piloto não é bom deita tudo a perder", justificou.
O piloto, natural de Coimbra, de 32 anos, começou a sua carreira com apenas 10 anos, nos ‘karts', categoria em que foi campeão nacional e europeu. Em 2005 foi chamado para integrar o projeto ‘Red Bull Junior Team', que visa formar jovens pilotos da Fórmula 1.
Atualmente, Filipe Albuquerque procura um lugar nas competições mundiais de resistência, com enfoque no circuito e no campeonato IMSA e na Taça de Resistência dos Estados Unidos
"Nesta competição há muito talento e temos qualidade para chegar à Fórmula 1. O espanhol Fernando Alonso, por exemplo, também tem participado em competições de resistência no circuito de Daytona", constatou o piloto português.
A aposta de Filipe Albuquerque passa por estas competições: "Vou continuar a trabalhar e acreditar sempre em mim. Tenho contrato com a Cadillac e vou tentar ganhar a próxima corrida e o campeonato", adiantou.
O português, que já testou oficialmente na Fórmula 1, na escuderia Toro Rosso, pretende agora ir para Coimbra, descansar e conviver com a família e amigos, antes do regresso às pistas, em 07 de fevereiro.
O piloto estará então na segunda corrida da temporada de resistência, as 12 horas de Sebring, uma corrida que disse ser também muito mediática e que “gostava de ganhar".
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