O piloto português Miguel Oliveira, que disputa o Mundial de MotoGP, admitiu hoje que a renovação com o construtor KTM por mais um ano "está bem encaminhada", mas ressalvou que "nada está certo ainda".
"Estamos a trabalhar nisso. É essa a intenção, mas nada está ainda decidido", precisou o piloto de Almada, num encontro com jornalistas, no âmbito do Grande Prémio de Espanha de MotoGP, que se disputa na localidade andaluza de Jerez de la Frontera, até domingo.
Miguel Oliveira começou a época com um contrato de um ano, mas a marca austríaca tem a opção de renovar por mais uma temporada com o piloto português, algo que seria, também, do agrado do atual 16.º classificado do Mundial de MotoGP, com sete pontos.
"Quero ficar, tudo parece bem encaminhado para fazer um segundo ano na equipa [Tech3, satélite da KTM]. O projeto são quatro motas oficiais. Apesar de serem duas equipas, a nível técnico e de equipamento não há diferenças. A KTM tinha uma opção de renovar o contrato, está tudo encaminhado para que isso aconteça, mas efetivamente ainda não aconteceu", sublinhou o piloto português, mostrando-se "feliz" por se colocar essa possibilidade "apenas após três corridas disputadas".
Apesar de a KTM poder chamar o piloto português a qualquer momento durante o ano para a equipa oficial, Oliveira revelou à Lusa que, "a acontecer [a renovação]", será "para continuar na Tech3": "Nem eu queria ir para outro sítio", garantiu.
Após três corridas disputadas no Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade de 2019, Miguel Oliveira ocupa a 16.ª posição, com sete pontos, graças ao 11.º lugar no Grande Prémio (GP) da Argentina e ao 14.º no GP das Américas.
"Lutar pelos pontos será a nossa realidade durante toda a temporada, mas em algumas corridas, dependendo das condições, poderá ser possível lutar por uma classificação no ‘top-5’", assinalou.
O circuito de Jerez de la Frontera é do agrado do piloto português, que o conhece desde o início da carreira, quando disputou o campeonato espanhol. Este ano, a pista foi reasfaltada, o que poderá ajudar os pilotos.
O clube de fãs do piloto luso vendeu "mais de 500 bilhetes" só para este fim de semana, mas Oliveira disse esperar a presença "de milhares de portugueses", até por ser "um momento especial", uma vez que "é a primeira vez" que um português disputa a categoria rainha do motociclismo de velocidade.
A KTM trouxe para Espanha algumas novidades: "Teremos novos componentes, que nos permitirão melhorar em relação às provas anteriores".
"A mota é muito física e nervosa. É mais uma mota de corridas. Dá para lutar durante a corrida e isso é bom. Talvez não seja a melhor mota para se conseguirem voltas rápidas", apontou o piloto, explicando que estas características "implicam maior desgaste físico, maior pressão sobre a dianteira da mota".
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