O piloto português Miguel Oliveira (KTM) apontou hoje como positivo qualificar-se "uma fila mais à frente" para o Grande Prémio de Doha, no domingo, do que na primeira prova do Mundial de MotoGP.
Depois de há uma semana ter partido do 15.º lugar para a ronda de abertura do Mundial de motociclismo de velocidade, hoje, no mesmo circuito de Losail, no Qatar, Miguel Oliveira assegurou a passagem à segunda fase da qualificação (Q2) e o 12.º posto na grelha.
"[Estou] Contente por ir à Q2 mas não pudemos tirar muita vantagem disso. Tentámos usar a segunda mota, com uma afinação diferente mas que não era a indicada, pelo que a mota estava um pouco pior", explicou o piloto de Almada, em conferência de imprensa.
Miguel Oliveira explicou que o pneu dianteiro "estava a vibrar, no lado direito, o que é desapontante", até porque teve de "usar esse pneu em toda a Q2".
"Nem conseguimos igualar o nosso melhor tempo na qualificação", destacou Oliveira, admitindo procurar “tirar vantagem” da melhoria face à qualificação anterior “para recuperar mais posições no início da corrida".
Mais uma vez, a principal queixa dos pilotos prende-se com os diferentes comportamentos dos pneus.
"Estavam com um desempenho diferente este fim de semana. Por alguma razão, tivemos mais pneus pré-aquecidos, tal como os outros pilotos, mas que têm diferentes comportamentos entre eles. Isso não nos permite ir rápido. Hoje, a aderência ainda foi menor do que ontem [na sexta-feira]", sublinhou o piloto da KTM, 13.º no campeonato, com três pontos.
Por isso, para a corrida de domingo espera apenas "chegar ao final e puxar o máximo possível".
A terceira etapa do Mundial vai ser o Grande Prémio de Portugal, em Portimão, em 18 de abril, quando os pneus disponíveis para os pilotos serão semelhantes aos usados no Qatar. Algo que, para já, não preocupa o piloto luso.
"Estes pneus estão a funcionar em tempos e temperaturas tão específicas. Talvez cheguemos a Portimão e funcione. Temos de arranjar forma de conseguir ser rápidos com os compostos mais macios. Após nove dias, é cansativo pensar tanto nisto. É frustrante", desabafou.
A chegada do campeonato à Europa coincide com uma uniformização dos horários de treinos e corrida, a meio do dia e não à noite, como acontece no deserto do Qatar, onde está instalado o circuito de Losail.
Uma diferença que Miguel Oliveira espera que possa ajudar a ultrapassar as dificuldades em tirar melhor partido dos pneus.
"Espero que se resolva. Mas não é um problema, porque temos uma grelha muito competitiva. Os pilotos que estavam em Q1 não são propriamente uns toscos. Mas espero que, na Europa, os pneus se possam adaptar mais à nossa mota e à nossa pilotagem", sustentou o português.
Em jeito de desabafo, Miguel Oliveira vincou: "Preciso mesmo de me divertir amanhã [no domingo]".
Este sábado, o piloto português garantiu o 12.º lugar na grelha de partida para o GP de Doha, segunda prova do Mundial de MotoGP, que se disputa domingo no circuito de Losail, no Qatar.
O espanhol Jorge Martin (Ducati) garantiu a primeira ‘pole position' da sua carreira na categoria rainha, em ano de estreia.
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