
A norte-americana Caitlin Simmers, campeã do mundo e líder do ranking da Liga Mundial de Surf (WSL), que está a competir em Peniche, apontou para as parecenças com as ondas da sua 'terra natal', na Califórnia.
"As ondas em Peniche são muito semelhantes às que eu surfo todos os dias em casa, por isso, é divertido competir aqui. Mesmo quando está mais pequeno, eu divirto-me muito, porque também sou pequena", disse à Lusa Caitlin Simmers, que, no domingo, derrotou a olímpica portuguesa Yolanda Hopkins nos 'oitavos' da prova da elite mundial na Praia de Supertubos.
A atleta de 1,57 metros e 52 quilos, que venceu pela primeira vez uma etapa do circuito principal da WSL precisamente em Peniche, há dois anos, é natural de Oceanside, em San Diego, na Califórnia (Estados Unidos), e destacou que, apesar de serem parecidas, as ondas em Portugal têm mais força, e atingem tamanhos maiores com mais frequência.
"Penso que as ondas têm mais força aqui, honestamente, mas, se fizermos a comparação entre ondulações similares, é mesmo muito parecido. Mas lá não há muitos dias de grandes ondulações, enquanto aqui, em Supertubos, existem muitos dias com ondas grandes e com muita energia", acrescentou Simmers.
Sobre o confronto com Yolanda Hopkins, a única portuguesa que participou no MEO Rip Curl Pro, a 'licra amarela' elogiou a qualidade da surfista lusa, mas vincou que, quando entra em competição, só pensa em vencer, independentemente das adversárias que enfrenta.
"A 'Yoyo' é ótima, mas temos de competir e fazer o que tem que ser feito. Vim aqui para ganhar. Entro sempre para ganhar e, mesmo que seja fã da pessoa contra quem estou a competir, tento sempre dar o meu melhor para vencer", lançou.
De resto, a jovem 'prodígio' de 19 anos garantiu que, quaisquer que sejam as condições do mar, só quer desfrutar e mostrar o seu surf: "Só espero apanhar ondas divertidas e surfar bem".
Hoje, vão ser disputados na Praia de Supertubos os quartos de final da prova feminina, seguindo-se os 16 avos do quadro masculino.
Com apenas oito surfistas ainda em prova na competição feminina, vão haver duelos 'escaldantes', a começar logo na primeira bateria, com Caroline Marks a defrontar Johanne Defay. Na segunda, Molly Picklum enfrenta Tyler Wright, num confronto 100% 'aussie'.
Caitlin Simmers e Erin Brooks, que tem estado em plano de evidência na prova de Peniche com um surf de alta qualidade apesar de só ter 17 anos, vão disputar a terceira bateria, e a norte-americana Bella Kenworthy e a havaiana Gabriela Bryan competem no quarto e último 'heat' dos quartos de final.
Nos homens, a prova está ainda numa fase inicial, uma vez que no domingo só se disputou a ronda de eliminação, marcada pelas saídas precoces do português Frederico Morais e do brasileiro João Chianca, que ganhou em Peniche em 2023 e foi a maior surpresa (pela negativa) até agora.
Além disso, como a prova masculina conta inicialmente com 36 atletas, o dobro da feminina, quando a ação regressar nas ondas de Peniche vai ser disputada a ronda dos 32, equivalente aos 16 avos de final.
A prova portuguesa do circuito mundial, que é a única paragem na Europa, arrancou no sábado e o período de espera decorre até 25 de março, na Praia de Supertubos, em Peniche, Leiria.
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