O surfista Frederico Morais assumiu a felicidade e o alívio com a qualificação para o circuito mundial de 2024, de tal forma que gostaria de partilhar com todos este sentimento, enquanto ainda compete no Saquarema Pro, no Brasil.
“Foi uma mistura de emoções que tornou este momento tão especial. Foi um dia super feliz para mim, para Portugal, para a minha família, para os meus amigos, para as pessoas que me apoiam. Poder celebrar isto e dar este orgulho e felicidade com eles foi inexplicável. Adorava que as pessoas pudessem sentir o que eu senti”, afirmou o cascalense, em declarações à agência Lusa.
Aos 31 anos, Frederico Morais assegurou uma das 10 vagas do Challenge Series para o Circuito Mundial, ao qual vai regressar no próximo ano, depois das presenças em 2017 (14.º), 2018 (23.º), 2021 (10.º) e 2022 (29.º), na sua terceira promoção à elite.
“Eu diria que tenho muitas [vidas]. Enquanto eu acreditar e tiver este sonho, as vidas são infinitas, uma pessoa cai e levanta-se as vezes que forem precisas e arranja força nos mais tristes e festeja nos melhores. Enquanto houver esse querer, esse espírito de sacrifício e essa vontade, as vidas são infinitas, quando uma pessoa perde isso aí é que é que fica mais complicado”, admitiu.
O cascalense, campeão nacional em 2013, 2015 e 2020, conquistou a vaga ao avançar para os oitavos de final do Saquarema Pro, sexta e última etapa do circuito Challenger Series, fase em que vai defrontar o francês Marco Mignot, e à qual chegou no terceiro lugar.
“Eu tinha muito bem definido o objetivo que eu queria para este ano. Sabia muito bem o trabalho e o esforço que eu que eu pus nisto, sabia que merecia e queria muito e foi isso que me deu força”, vincou ‘Kikas’, um dia depois de ter assegurado o regresso à elite.
À Lusa, classificou o feito como “um orgulho imenso”, mas também “um alívio”.
“Dediquei-me muito, esforcei-me muito, continuei a trabalhar e a acreditar. Chegar aqui, à última etapa do ano e garantir a minha vaga no World Tour de 2024 é um orgulho gigante. Poder dizer que temos Portugal outra vez no World Tour deixa-me com um sorriso na cara”, sublinhou.
Após a sua terceira qualificação para o circuito mundial, e na ressaca das duas despromoções, sempre nas segundas épocas entre a elite, Frederico Morais só promete mais trabalho.
“Eu acho que tenho de melhorar pequenas coisas, trabalhar cada vez mais, esforçar-me cada vez mais e continuar focado, continuar com esta dedicação a procurar evoluir, procurar sair da minha zona de conforto. Já estive no World Tour, já tive grandes anos, não vai ser novidade, mas tenho de continuar a evoluir, para chegar mais forte, bem preparado e isso começa agora”, explicou.
A queda do circuito mundial no ‘cut’ a meio da temporada deixou dúvidas a ‘Kikas’, admitiu o próprio, perante uma nova geração de surfistas, mas um objetivo falou mais alto.
“Disse a mim mesmo: este é o meu sonho é isto que eu quero e eu vou trabalhar e lutar pelo meu momento”, recordou o português, justificando os emotivos festejos com o seu treinador Richard Marsh, ainda na praia brasileira: “E, pronto, celebrar, com ele, com quem trabalho há 15 anos, e caírem-me as lágrimas, foi o esforço, a dedicação e os nervos”.
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