A comitiva que representou Portugal no campeonato do mundo de surf adaptado regressou hoje a Lisboa, motivada por uma participação "espetacular", coroada com duas medalhas de ouro, de Marta Paço e Camilo Abdula.

A seleção nacional esteve em particular destaque no Mundial ISA da modalidade, o mais importante evento do calendário da International Surfing Association (ISA) para surfistas com deficiência, que teve lugar na Califórnia, Estados Unidos da América, entre os dias 04 e 11 de dezembro, e aterrou esta tarde no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com sentimento de dever cumprido.

A equipa foi composta por Camilo Abdula, do Sines Surf Clube, Marta Paço e Tomás Freitas, ambos ligados ao Surf Clube de Viana, assim como Tiago Prieto, que liderou o grupo como selecionador nacional.

A participação lusa na competição revestiu-se de grande sucesso, com Camilo Abdula, que competiu na categoria Stand 1 (deficiência física), e Marta Paço, na categoria VI 1 (deficiência visual), a atingirem a final e a arrecadarem o título mundial nas respetivas categorias, ao passo que Tomás Freitas participou na classe Kneel (deficiência física) e efetuou a primeira participação em mundiais.

À chegada a Lisboa, os representantes portugueses não esconderam a satisfação pelo respetivo rendimento.

Camilo Abdula, que já ostentava o estatuto de vice-campeão da Europa, conquistou o primeiro título de campeão mundial e não escondeu o seu próximo objetivo.

"Gostava que o surf adaptado fosse olímpico. Gostava de terminar a carreira nos Jogos Olímpicos de 2028, se fosse possível", deixou como desejo.

Por seu turno, Marta Paço já conhecia essa sensação, pois defendia o estatuto de campeã mundial e revalidou esse mesmo título. Agora bicampeã mundial, a jovem surfista já perspetiva o futuro.

"Quero continuar a surfar, obviamente, e fazer cada vez mais campeonatos e viagens, fazer cada vez mais coisas diferentes," declarou.

O elemento mais jovem da comitiva portuguesa, Tomás Freitas, estreante em Mundiais de surf adaptado, chegava a esta prova como vice-campeão mundial júnior de kneeboard, feito alcançado em setembro, em Ílhavo, e ambiciona uma carreira longa, tendo em conta os seus 17 anos.

"Espero que o meu futuro seja grande. Já tive em setembro o título de vice-campeão mundial de kneebord, foi o meu primeiro título a nível mundial e espero vir a ter muitos mais", perspetivou.

Por sua vez, o treinador Tiago Prieto não hesitou em classificar a participação portuguesa como "espetacular".

"Neste momento sou o selecionador, o orientador nacional e à parte disso sou treinador da Marta também. Ela é de Viana do Castelo e treina comigo," explicou o principal responsável pela preparação da equipa.

Já o presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha, considerou particularmente importante concentrar todo o investimento num grupo curto, mas de indiscutível valor.

"Foi uma aposta de 'poucos, mas bons', apostar ao máximo nos resultados e não na participação em massa, como outras nações fazem. Os apoios também são escassos, portanto, também temos de organizar todas as variáveis para apostar da melhor maneira," completou, visivelmente satisfeito.

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