
Campeão em 2023, em Santa Cruz, fruto dos títulos individuais de surf (medalha de ouro) de Guilherme Ribeiro e Mafalda Lopes e as medalhas de prata em Longboard, Raquel Bento e António Dantas, vice-campeões, a seleção portuguesa ambiciona reconquistar o troféu europeu, de novo, nas praias de Torres Vedras.
“O grande objetivo da seleção é tornar-se bicampeã da Europa. Contamos com uma equipa forte, muito focada e determinada em alcançar este feito”, disse David Raimundo, à Sportinforma.
“Sabemos que a concorrência é cada vez maior e temos estado atentos ao crescimento de vários países na Europa”, acautelou. “Mas acreditamos muito no nosso valor”, vincou o selecionador nacional.
Ausência de lista de ouro justificada por compromissos internacionais
A seleção nacional entra no Eurosurf 2025, Santa Cruz, desfalcado dos grandes nomes do surf nacional - Frederico Morais, Afonso Antunes, Francisca Veselko, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins – anunciados inicialmente na convocatória da Federação Portuguesa de Surf (FPS) - no início do mês, mas ausentes devido a compromissos internacionais.
O quinteto luso vai competir na 3.ª etapa do Challenger Series (CS), circuito de qualificação da Liga Mundial de Surf (WSL), no Lexus US Open of Surfing, em Huntington Beach, Califórnia, Estados Unidos da América (EUA), cuja janela de competição decorre de 26 de julho a 3 de agosto.
"Representar Portugal é um motivo de grande orgulho para todos nós. Vestir a camisola da seleção nacional tem um significado especial nas nossas carreiras. Infelizmente, as datas de alguns campeonatos internacionais, já definidos pela World Surf League (WSL) há vários meses, impedem-nos de estar presentes no Eurosurf 2025", anunciaram Kikas, Afonso Antunes, “Yo”, Teresinha e Kika Veselko, em comunicado, citados pela FPS.
A ausência não é, contudo, novidade. Da anunciada lista de ouro do surf nacional, somente Afonso Antunes tinha feito parte da convocatória de 2023.
“Enorme espírito de grupo”
Dos selecionados, Gui Ribeiro (Associação de Surf da Costa da Caparica), Gabriela Dinis (Clube Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos), Mafalda Lopes (Costa da Caparica) e a longboarder, Raquel Bento (NOCAS) repetem a presença na seleção (2023). Francisco Freitas (Peniche Surfing Clube), atual campeão europeu sub-18, estará no longboard e entra nas escolhas do treinador nacional, João Ferreira.
Maria Salgado (Sealand, a surfar em casa), Francisco Ordonhas (Lombos) e Joaquim Chaves (Ericeira) fecham a lista da FPS para tentar conquistar o bicampeonato.
"Temos uma equipa com um enorme espírito de grupo que está super motivada em revalidar o título de campeões da Europa", reforçou David Raimundo.
Campeões em 1997, 2011 e 2017
Portugal alcançou o primeiro título de campeão Europeu Absoluto no Eurosurf em 1997, Bunduran, na Irlanda e o primeiro título individual na disciplina de Surf Open, Rodrigo Herédia – de acordo com os registos na FPS.
Em 2011, a seleção nacional foi campeã europeia, de novo na Irlanda e 2017, voltou a repetir o título, por equipas, na cidade de Bore, na Noruega.
Nesta última, contou com Frederico Morais entre os eleitos de David Raimundo, prova onde ainda pontificava o bodyboard, disciplina que coroou Teresa Padrela e Daniel Fonseca como campeões. João Dantas sagrou-se campeão europeu em longboard. Carol Henrique terminou em primeiro da categoria de surf.
O Eurosurf disputa-se pela terceira vez consecutiva em Portugal e integra a 17.ª edição do Santa Cruz Ocean Spirit. Conta com 120 atletas em representação de 18 nacionalidades.
Os quatro finalistas (quadro masculino e feminino) de Santa Cruz recebem um convite para competir no Surf City El Salvador ALAS Global Finals, de 17 a 23 de novembro, em Punta Mango Beach.
Organizado pela ALAS Global Tour e pela cidade de El Salvador, junta numa competição surfistas europeus, América Latina e Ásia, reforçando os laços intercontinentais num novo ciclo olímpico.
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