A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) considera que a organização do Campeonato da Europa por equipas em 2027, no Porto, é oportunidade para promover “interna e externamente” a modalidade e preparar Portugal para outras provas internacionais.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente do organismo, Fernando Malheiro, salienta que a escolha do Pavilhão Rosa Mota, divulgada no sábado pela União Europeia de Ténis de Mesa (ETTU), pode garantir “outra qualidade à organização de provas” pela FPTM, encarregue ainda do Campeonato da Europa de Jovens de 2026, em Gondomar.
“Será uma oportunidade de, a nível internacional, mostrarmos as nossas capacidades para termos outro tipo de provas ao longo do nosso mandato. Ajudará a promover a modalidade internamente e também externamente, a dar-nos a credibilidade que pretendemos”, diz o responsável.
Depois de acolher pela primeira vez a prova em 2014, em Lisboa, tendo-se sagrado campeão masculino, Portugal espera cerca de 400 pessoas para um evento que vai reunir 24 equipas masculinas e 24 femininas, com cinco atletas cada, estima o responsável, eleito presidente da federação em 01 de novembro para um mandato até 2028.
Fernando Malheiro vinca que a escolha unânime da comissão executiva da ETTU premeia uma candidatura com “a melhor defesa e a melhor apresentação” alguma vez realizadas, assente em “boas infraestruturas” e no “exemplo social, cultural e turístico” que é o Porto, atributos suficientes para superar a maior experiência da Polónia e da Roménia, concorrentes a par da Sérvia.
“Quem apresenta o Porto para a candidatura tem, desde logo, alguma vantagem, mas estávamos a concorrer com a Polónia e especialmente com a Roménia. São dois países com muita experiência, fartos de organizar provas e que as organizam bem”, constata.
O dirigente de 60 anos esclarece ainda que a candidatura foi submetida na época passada, quando a FPTM era ainda liderada por Pedro Miguel Moura, que é também presidente da ETTU desde 2022 e ficou de fora da votação, por forma a garantir “uma análise totalmente isenta” do organismo europeu.
A organização de provas internacionais é um dos eixos do “desenvolvimento estratégico” preconizado até 2028, que contempla ainda a duplicação do número de praticantes, de 3.000 para 6.000, ou o crescimento do número de clubes e de associações regionais, objetivos que exigem a difusão do ténis de mesa nos “grandes centros populacionais”, entre os “grandes clubes”, vinca o presidente da FPTM.
Convicto do “potencial grande” do ténis de mesa, modalidade que “qualquer um pode praticar”, “exemplo de ‘fair play’” e também de “integração entre homens e mulheres”, como se vê nas equipas mistas, Fernando Malheiro refere ainda que o ‘sonho’ de uma medalha olímpica em Los Angeles2028 pode ser concretizado com a equipa de mesa-tenistas de Paris2024.
“Estamos a trabalhar muito e bem com os nossos jovens, mas acredito muito na equipa constituída pelo Marcos Freitas, pelo Tiago [Apolónia], pelo João Geraldo, pela Fu [Yu] e pela Jieni [Shao]. Tem um grande nível ainda. Pode ser com eles que vamos buscar os resultados que pretendemos”, assume o ex-diretor desportivo do Centro de Alto Rendimento de Vila Nova de Gaia.
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