O britânico Andy Murray, número três mundial, defendeu este sábado um sistema antidoping mais rigoroso no ténis, incluindo passaportes biológicos e mais testes sanguíneos, para manter o desporto limpo após o escândalo com o ex-ciclista Lance Armstrong.
«Penso que algo que todos os desportos estão a tentar fazer neste momento é melhorar os seus controlos antidoping, para ter a certeza de que são o mais limpos possível. Se isso significa mais testes sanguíneos ou passaportes biológicos, então é algo que temos também de fazer e melhorar no ténis», referiu.
Na sexta-feira, o número um mundial, o sérvio Novak Djokovic, disse que não tinha feito qualquer teste ao sangue nos últimos seis, sete meses, sendo que Murray adiantou que o seu sangue tem sido testado quatro a seis vezes por ano.
A defender o seu título no Open da Austrália, a número um mundial, a bielorrussa Victoria Azarenka, usou palavras duras para falar sobre a confissão de Lance Armstrong, que admitiu o uso de substâncias dopantes ao longo da sua carreira, incluindo nas sete vitórias consecutivas na Volta a França, de 1999 a 2005.
«Acho que ele merece tudo o que tem acontecido. Não se pode remexer assim nas coisas e esperar ser herói no fim do dia. Não podes mentir, não podes enganar», disse.
A norte-americana Serena Williams disse que esteve “colada” à televisão a ver a entrevista do compatriota à apresentadora Oprah Winfrey, considerando que este caso pode trazer suspeitas sobre outros atletas de alta competição.
«Penso que é um dia triste para todos os atletas. Infelizmente, penso que muitas pessoas agora pensam: se alguém tão grande [fez batota], como será como todos os outros?», lamentou.
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