O presidente da Comunidade Valenciana admitiu hoje estar disposto a procurar soluções para garantir a continuidade do torneio de Valência, que depois de conquistado por João Sousa foi dado como ‘extinto’ pela organização.

Questionado sobre as declarações proferidas pelo diretor do torneio, Juan Carlos Ferrero, que no domingo disse sentir-se enganado e defraudado pela ‘Generalitat’, que não cumpriu os acordos comerciais que tinha com a organização, Ximo Puig disse não estar contra os grandes acontecimentos desportivos, mas defendeu que estes têm de ser rentáveis “social e economicamente”.

"Não temos uma posição anti-eventos, mas devemos fazer as coisas racionalmente, saber exatamente os recursos que temos e o que queremos priorizar”, alegou o presidente da Comunidade Valenciana.

No domingo, depois da entrega do troféu de vencedor ao português João Sousa, que conquistou o seu segundo torneio ATP, a direção do torneio de Valência anunciou o final do evento.

Segundo Ferrero, ex-número um mundial, a Comunidade Valenciana não respeitou os acordos comerciais que se celebraram tanto no ano passado como neste, ao não entregar à organização do torneio os 1,5 milhões de euros da edição de 2014, nem os 350.000 previstos para este ano.

“Sentimo-nos profundamente dececionados, porque é a última vez que vemos o torneio de Valência. Mais do que dececionados, sentimo-nos enganados. Tínhamos um acordo com o governo que havia em 2014 e agora com este, que não foi cumprido”, indicou no domingo.

Ferrero disse ainda não ter decidido se vai vender o alugar os direitos desportivos do torneio a outra cidade.