O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu hoje o Grande Prémio do Qatar de Fórmula 1, penúltima prova da temporada em que a atribuição do mundial de Construtores ficou adiada, devido a uma penalização a Lando Norris (McLaren).
Max Verstappen, que se sagrara campeão na corrida anterior, cumpriu as 57 voltas com o tempo de 1:31.05,323 horas, batendo o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) por 6,031 segundos, com o australiano Oscar Piastri (McLaren) na terceira posição, a 6,819.
“Não foi necessário andar desnecessariamente devagar. O karma é uma coisa maravilhosa”, dizia o engenheiro de Verstappen ao piloto neerlandês, pela rádio, mal terminou uma corrida que ficou marcada por diversas sanções.
A primeira delas aconteceu ainda no sábado, quando o piloto da Red Bull perdeu a ‘pole position’ por ter atrapalhado Russell durante a volta de preparação. Essa foi a justificação dos comissários, que não convenceu o novo tetracampeão mundial, que chegou a acusar o piloto britânico de ter acelerado para forçar a penalização e, no final, disse mesmo que Russel é “uma má pessoa”.
Saindo do segundo lugar da grelha (trocou com o britânico da Mercedes devido à penalização de um lugar) foi mais forte no ombro a ombro da primeira curva, arrastando consigo o britânico Lando Norris (McLaren), que também passou Russell.
O português Rui Marques, que esteve pela primeira vez como diretor de corrida em Las Vegas, teve trabalho árduo desde a primeira curva, devido a um acidente envolvendo o francês Esteban Ocon (Alpine), o argentino Franco Colapinto (Williams) e o alemão Nico Hulkenberg (Haas).
O ‘safety car’ entrou em pista para permitir limpar os destroços e por lá ficou até à volta número quatro.
No reatamento, Max Verstappen resistiu à pressão de Lando Norris e cavou uma distância de segurança, em torno dos dois segundos, que manteve ao longo do primeiro turno de pneus.
Entretanto, Oscar Piastri chegou ao terceiro lugar, o que encaminhava o título de construtores para a McLaren.
Mas, na volta 36, o ‘safety car’ foi chamado novamente à ação, devido a detritos que estavam em pista e que terão provocado furos a Carlos Sainz e Lewis Hamilton, que se arrastaram até às boxes.
Os dois primeiros, que ainda não tinham parado, aproveitaram para ir às boxes trocar de pneus, deixando os médios e saindo com os duros montados.
A corrida foi retomada na volta 40, com Norris a quase surpreender Verstappen, que teve de se defender de forma mais musculada, com um ombro a ombro que obrigou o britânico a levantar o pé.
Mas Sérgio Pérez (Red Bull) e Nico Hulkenberg acidentaram-se e ficaram fora de prova, obrigando ao ‘safety car’ virtual.
Lando Norris não abrandou durante as bandeiras amarelas e acabou penalizado num ‘stop and go’ [paragem nas boxes] de 10 segundos que lhe custou o segundo lugar e o título de construtores à McLaren. Terminou em 10.º.
Leclerc herdou a segunda posição e Piastri acabou em terceiro.
Carlos Sainz, devido ao furo, terminou apenas em sexto (poderia ter sido quarto) pelo que a Ferrari recuperou pontos à equipa britânica, partindo para Abu Dhabi, que no próximo fim de semana acolhe a última ronda do ano, a 21 pontos da McLaren.
“Sabíamos que a pista favorecia a McLaren mas conseguimos tirar-lhes pontos. Foi uma pena o que aconteceu ao Carlos. [A última corrida] vai ser apertada mas é excitante. Os 21 pontos são uma distância grande mas tudo é possível”, anteviu Charles Leclerc.
Para Verstappen, este triunfo, o 63.º da carreira, nono da temporada em 23 corridas disputadas, foi saboroso.
“Foi muito divertido. Esta pista tem muita tração e os pneus este ano estão a aguentar-se. Já há algum tempo que não éramos tão competitivos no piso seco”, frisou Verstappen, que vencera no Brasil, há duas corridas, mas debaixo de chuva.
A última vitória a seco acontecera em Espanha, na 10.ª ronda.
Agora, falta apenas Abu Dhabi, com os dois contendores ao título de construtores separados por 21 pontos, quando estão 44 em disputa.
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