Armindo Araújo, que hoje terminou o Rali de Portugal como o melhor piloto luso da prova, confessou que o feito “teve um sabor especial pela recuperação feita na prova”.
O corredor natural de Santo Tirso, de 44 anos, que, ao volante de um Skoda Fábia Rally 2 Evo, terminou a corrida na 14.ª posição da geral, e como quinto melhor na categoria WRC2, lembrou as dificuldades que sentiu na sexta-feira e o tempo recuperado nos dias seguintes.
“Depois dos dois furos que tivemos na sexta-feira, que nos colocou no segundo lugar do Campeonato Nacional (CPR) e a 1:40 minutos do posto de melhor português, sabíamos que ia ser difícil recuperar, mas, se atacássemos, teríamos uma palavra a dizer. Foi uma recuperação com um sabor especial, depois de termos estado tão atrasados”, disse Armindo Araújo.
O experiente piloto mostrou-se satisfeito pela “velocidade conseguida no sábado”, que lhe permitiu passar para frente na luta entre os portugueses.
“Na sexta-feira, os troços estavam duros, mas sábado e hoje os pisos estavam fantásticos. Foi uma questão de atacar e depois gerir a vantagem”, completou.
O piloto tirsense deixou, ainda, uma palavra para o público português, garantindo que no carro sentiu “todo o carinho e apoio” que lhe foi dirigido.
“Foram fantásticos e com um comportamento exemplar. Desde os reconhecimentos até às etapas notei sempre muita gente, mesmo com chuva. O apoio que sentimos deu um alento extra para a nossa prestação”, apontou Armindo Araújo.
O piloto nortenho partilhou ainda que está a avaliar projetos na disciplina do todo-o-terreno, tendo em vista uma participação numa edição do Rali Dakar.
“Analisamos os projetos que vão aparecendo, tenho olhado para o todo-o-terreno com um carinho muito especial. Tenho feito alguns contactos para fazer algumas provas nesta disciplina, para eventualmente preparar o Dakar, vamos ver e ainda nada está definido”, partilhou.
Voltando a este Rali de Portugal, na segunda posição como melhor português, ficou Ricardo Teodósio (Hyundai I20 Rally2), depois de até ter começado melhor a prova.
“Faltou-nos um bocado de sorte, no sábado perdemos, pelo menos, 11 segundos atrás de um piloto por causa no pó, caso contrário ia ser mais renhido. Ainda assim, foi bom termos ganho no campeonato nacional (CPR), verificando que as diferenças em relação aos rivais não são grandes. Para a próxima participação neste Rali de Portugal será melhor”, disse o piloto algarvio, de 46 anos.
Teodósio terminou a prova no 15.º lugar da geral, enquanto que o terceiro melhor português da corrida, que acabou em 15.º, foi Paulo Caldeira (Citroen C3).
Na classificação final deste Rali de Portugal ainda fazem parte Francisco Teixeira (Skoda Fábia) (16.º) e José Pedro Fontes (Citroen C3) (18.º).
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