As bancadas da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força da oposição, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, desentenderam-se no balanço às respostas que o executivo deu a perguntas das três bancadas sobre a época chuvosa e a TSU. 

O deputado Agostinho Chilua, da Frelimo, considerou "tempestiva" a ação do Governo face às calamidades naturais, assinalando que as medidas tomadas pelo executivo evitaram o pior.

"É um Governo competente, responsável, atuante e pronto para resolver os problemas do povo", enfatizou Chilua.

O deputado enalteceu o compromisso do executivo de sanar as deficiências na aplicação da reforma introduzida pela TSU, destacando os princípios da justiça e redução do fosso salarial, entre as várias carreiras da administração pública, como grandes marcos do documento.

Alberto Ferreira, deputado da Renamo, acusou o Governo de ter tornado a vida dos funcionários públicos num "pesadelo" com os erros que cometeu na aplicação da TSU.

"Os critérios remuneratórios estão a ser causa de uma insatisfação generalizada e de convulsões sociais", destacou.

 Por seu lado, o deputado Elias Impuiri, do MDM, acusou o executivo de ter voltado a falhar na proteção das populações face às calamidades naturais, apontando a morte de 117 pessoas na atual época chuvosa como prova de fracasso.

"Onde anda o campeão na gestão de desastres naturais", questionou Impuiri, numa alusão ao facto de o Presidente moçambicano e chefe do Governo, Filipe Nyusi, ter sido destacado na gestão de risco de desastres naturais, pela União Africana, no último ano.

O parlamento moçambicano terminou hoje a sessão de dois dias de perguntas ao Governo, encabeçado pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane.

O órgão legislativo moçambicano é dominado pela Frelimo, com uma maioria qualificada de 184 deputados, seguida pela Renamo, com 60, e pelo MDM, com seis assentos.

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PMA // VM

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