No futebol tudo pode acontecer. Não era a primeira vez que um resultado de 2-0 é ultrapassado. O futebol antes, durante e depois do jogo é feito de “ses” e de “mas”. Eu já vivi uma reviravolta muito mais complicada quando ao serviço do Sporting ajudei a derrotar em Alvalade o Manchester United por 5-0. Aqueles bravos leões transformaram o impossível numa realidade impensável ao superar o resultado negativo de 4-1 que sofreram em Inglaterra.
Mas se a bola que o Denis Low atirou ao poste tem entrado? Talvez esse “milagre” não tivesse acontecido.
Hoje o Barcelona vai tentar ultrapassar a difícil eliminatória frente ao Milan. A máquina está um pouco enferrujada, já não desliza nem flui como no tempo do operador Guardiola. A equipa não pressiona como antigamente, o futebol de croché de ponto miudinho está menos ligado. As oportunidades de golo não surgem com tanta fluência. A defesa continua a ser o calcanhar de Aquiles dos catalães, e a segurança torna-se mais vulnerável porque o meio campo não ajuda, nem se integra com tanta eficácia nas ações defensivas.
Se o Barça quer passar aos quartos, esta noite nada pode falhar, a equipa catalã terá de reencontrar-se com o passado recente, e apresentar aquele futebol que deslumbrou o mundo. Os jogadores têm de aproveitar esta oportunidade para realizar um jogo fantástico e demonstrarem que o Barcelona está vivo e recomenda-se.
Leo Messi hoje terá de estar ao seu melhor nível e demonstrar que é o melhor jogador do mundo. Neste momento já não o é, foi superado por Cristiano que está em grande forma, e por isso é o melhor. Ronaldo está a apresentar um futebol de nível superior, dentro do campo é líder, leva a equipa às costas, e marca golos decisivos.
Hoje é o jogo ideal para Messi ressuscitar, aparecer, e dizer, estou aqui. Vamos entrar no campo dos cenários dos “ses”. Se Leo Messi voltar a praticar o seu imparável futebol. Se o Barcelona não sofrer um golo. Acredito que o Barcelona terá uma noite de glória e passará aos quartos de final. Mas se o Milan marcar um golo, adeus Barça e até para o ano. “Prognósticos só no fim!”
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