Os jogadores Javier Saviola, Papu Gómez, Ivan Rakitic, Lucas Ocampos, Nico Pareja e Alberto Moreno foram acusados pela justiça espanhola de envolvimento num esquema fraudulento relativo a NFTs ('token' não fungível) e criptomoedas.

De acordo com o portal 'Maisfutebol', em causa estarão valores a rondar os três milhões de euros, valor que poderá ser atualizado.

A principal visada é a empresa Shirtum Europa, S.L.U. A denúncia foi feita por 12 de um grupo de milhares de visados, que acusa esta empresa de fraude na venda de NFTs de jogadores mediáticos, entre os quais estão os supracitados.

David Rozencwaig, Manel Ángel Torras, Marc Alberto Torras e Manuel Morillas são os nomes associados à Shirtum, e estão acusados de fraude e desvio de fundos.

Segundo a acusação, a Shirtum prometia o lançamento de uma aplicação que permitisse a criação e comercialização dos NFTs, algo que acabou por não concretizar. Para além disso, a empresa é também acusada de criar NFTs falsos.

Os empresários são também acusados de terem ficado com os investimentos das vítimas, alegando posteriormente que tinham sido alvo de um ataque informático.

Já quanto aos jogadores, estes são acusados de promoverem a compra destes NFTs, que custavam 350 euros cada. De acordo com a acusação, em troca desta promoção, os jogadores receberiam criptomoedas criadas pela mesma empresa, o o token 'SHI'.

Contudo, e de acordo com o jornal 'El Periódico', Lucas Ocampos terá afirmado aos queixosos que não recebeu qualquer criptomoeda pelo seu envolvimento no projeto.

Já Papu Gómez chegou mesmo a ter uma conversa presencial com David Rozencwaig, em 2021, onde mostrava a sua confiança na fiabilidade do negócio.

"O facto de estar aqui e de me deixar ver é para demonstrar que há um projeto sério por trás. Damos (os jogadores) a cara por ele e somos responsáveis ​​pelo que fazemos", o vídeo acabou por ser retirado da internet cerca de um ano depois.