O que há semanas era dado como inevitável, agora é tido como praticamente impossível. O regresso de Di María à Argentina é cada vez mais uma miragem para o Rosario Central, clube do coração do extremo encarnado que tanto deseja o seu regresso à cidade natal. Contudo, diz o jornal 'A Bola', os recentes incidentes em torno da família de Di María terão assustado o campeão do mundo pela Argentina, que terá mudado de ideias e decidido não regressar. As ameaças à família do jogador levadas a cabo por grupos locais ligados ao narcotráfico durante o período de paragem para as seleções são a principal razão para o volte face.
Terminar a carreira no clube onde se formou e iniciou a carreira de sénior antes de se transferir para o Benfica, em 2007, era um dos grandes sonhos de Di María, mas segundo o desportivo o jogador terá confidenciado junto de pessoas mais próximas o receio de um regresso. Em causa, a falta de segurança e o momento que o país atravessa, o que destoa em grande medida com o panorama vivido em Portugal, um dos países mais seguros do mundo.
Segundo 'A Bola', a gota de água terá sido a mensagem diretamente dirigida à sua filha: "Se voltares, a próxima [bala] que receberes é para a tua filha, Pia. Não venhas, caso contrário não atiramos papelinhos, damos tiros para matar."
"Rosário é considerada a cidade mais violenta da Argentina, com uma taxa de 22 mortes por 100.000 habitantes, a maior parte resultado de ajustes de contas entre bandos rivais ligados ao tráfico de droga", destaca o desportivo.
Assim, abrem-se três cenários: a continuidade na Luz - um desejo já assumido por Rui Costa, que deverá contar, pelo menos, mais uma época com Otamendi, compatriota de Di María (o que poderá ter alguma influência); os EUA - Inter Miami, clube em que atua Leonel Messi, já terá mostrado interesse no passado; ou até mesmo a Arábia Saudita, podendo Di María seguir o exemplo de dezenas de jogadores em final de carreira, que escolheram jogar os últimos cartuchos numa liga em notório crescimento, ao lado de Cristiano Ronaldo e companhia.
Comentários