Bruno de Carvalho concedeu uma grande entrevista ao semanário Expresso onde acusa o Ministério Público de o ter matado "social e profissionalmente" e adiantou que vai mover um processo contra o Estado português.

"Têm a noção de que o meu nome, como acusado de terrorismo, está nas listas de terroristas dos Estados Unidos? Disseram-me isto. Porque sou um terrorista. Mas não vi a lista. Não sei se posso ou não entrar nos Estados Unidos, ainda não tentei, nem posso", atirou o ex-líder verde e branco.

"Aconteceu-me algo que nunca aconteceu no Mundo, que foi o ataque cerrado político e desportivo comigo no poder. Nem com [José] Sócrates, que teve essa sorte, foi muito tempo depois de ter saído do poder", acrescentou.

"Estou acusado pelo Ministério Público de 98 crimes mas diretamente a mim zero. É apenas por me considerarem o autor moral que fizeram a soma dos crimes das 41 pessoas que estão presas ou atuaram. É um processo que tem servido para me caluniar e difamar, que vai originar da minha parte um processo contra o Estado. Foi uma forma de me matar social e profissionalmente. E a verdade é que resultou", concluiu.