Alexandre Pimenta, de 20 anos, é natural de Coimbra, mas joga desde 2016 em Itália ao serviço do Venezia FC, da Serie B italiana.
Como o nome indica, o clube é originário da cidade de Veneza, capital da região de Vêneto, uma das mais afetadas pela epidemia do Covid-19 que chegou a Itália e já atingiu mais de 350 pessoas.
Em entrevista ao SAPO Desporto, o jovem jogador, que se encontra a recuperar de lesão, afirma que já se notam diferenças no dia-a-dia, sendo que o próprio clube o aconselhou a precaver-se.
"Houve preocupação no sábado e no domingo. Avisaram-me do clube para ir às compras porque podia haver confusão, então fui buscar massa, água... coisas mais fáceis de trazer. Mas notam-se menos pessoas a andar na rua e nos transportes", explicou.
Em relação à vida no clube, o extremo explica que existiram alterações nos treinos das camadas mais jovens, mas que nos seniores tudo decorre dentro da normalidade, sendo que ainda não existe informação oficial sobre o jogo em casa do próximo sábado, do Venezia frente ao Cosenza.
"O treino dos jovens na segunda e na terça-feira foi cancelado, mas o treino dos seniores continuam. Os jogos dos Primaveras [Escalão Sub-19] foram todos cancelados, mas de resto mantém-se tudo. Fala-se que o próximo jogo [vs Cosenze], tal como na Serie A, possa ser à porta fechada, mas não temos informação sobre isso ainda", disse.
Sobre os cuidados que tem tido e a forma como esta epidemia tem afetado o seu dia-a-dia, Alexandre afirma que tem evitado os transportes públicos mais lotados e que já foi obrigado a alterar o local do seu treino de recuperação.
"Os ginásios estão todos fechados, para fazer o treino de recuperação tive de me dirigir ao clube. (...) Tenho evitado os autocarros que vão para Veneza, porque normalmente vão sempre cheios e o risco é maior", afirmou.
Em Itália, mais precisamente no norte do país onde existem mais de 350 casos confirmados de Covid-19, sendo que 12 pessoas já faleceram vítimas da epidemia, que a nível mundial já atingiu mais de 81 mil pessoas, tendo provocado 2.765 mortes, a maioria na China.
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