Três elementos do FC Porto encontram-se em prospeção de jovens talentos na Guiné-Bissau, na esperança de encontrar atletas rápidos, agressivos, tecnicamente evoluídos e com caráter, disse à Lusa Fernando Gomes.
Diretor de ‘scouting' (prospeção de jogadores) e vencedor por duas vezes da Bota de Ouro, Gomes encontra-se em Bissau ao lado de dois outros dirigentes do clube para "avaliar o que se faz na formação" na Guiné-Bissau. Além de Fernando Gomes, estão na Guiné-Bissau, José Tavares, coordenador de formação e Miguel Ferraria, diretor administrativo do FC Porto.
Durante uma semana, os ‘olheiros' dos ‘dragões’ vão avaliar jovens jogadores, dos 12 aos 19 anos, em Bissau, Canchungo (norte), Bafatá e Gabú (leste) e em Ziguinchor, região do sul do Senegal que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
Após assistir aos jogos de iniciados, juvenis e juniores no Estádio Lino Correia, em Bissau, Fernando Gomes, que se prepara para outras tantas partidas no período da tarde, disse à Lusa que estão na Guiné-Bissau "também pela amizade, solidariedade e para desenvolver a marca FC Porto".
"Nas observações vamos ver se piscamos o olho a um ou outro talento que possa interessar ao Futebol Clube de Porto", afirmou o responsável.
Questionado sobre o facto de o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, nunca ter visitado a Guiné-Bissau, como já fez nos outros países africanos de língua portuguesa, Fernando Gomes disse ser possível já em 2019.
"O nosso presidente tem uma grande paixão por África e pela Guiné-Bissau", declarou Fernando Gomes.
Valdumar Tchongó, presidente da academia Valusa, uma das organizadoras da missão de prospeção do FC Porto, defendeu que aquele clube já não vinha à Guiné-Bissau desde os anos 90 e que agora retomou os contactos na esperança de encontrar talentos guineenses "como os que estão a dar cartas no Benfica e Sporting".
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