Apesar do crescente apelo internacional para suspender Israel e os clubes do país das competições, com o mais recente pedido a surgir da ONU, a UEFA e a FIFA não planeiam ceder à pressão. Ambos os organismos optam por manter uma postura de alegada neutralidade política, contrastando com a decisão tomada em 2022, quando a Rússia foi afastada após a invasão da Ucrânia.

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De acordo com o L’Équipe, a UEFA não chegou a convocar qualquer reunião de emergência do comité executivo, ao contrário do que chegou a ser especulado, mantendo a próxima assembleia marcada apenas para 3 de dezembro, em Nyon, na Suíça. Até ao momento, a única restrição aplicada a Israel é a obrigatoriedade de disputar os jogos internacionais fora do país, com a Hungria e a Sérvia a servirem de palco alternativo.

Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, reforçou essa posição: “Não sou a favor de proibir atletas de participar em competições. No caso da Rússia, constatamos que estão banidos há três anos e meio e a guerra está ainda pior do que antes.”

Já a FIFA também não agendou qualquer encontro para discutir o apelo da ONU, mas fontes internas admitem que a pressão é crescente, sobretudo perante a possibilidade de alguns países ponderarem um boicote ao Mundial de 2026 caso Israel seja autorizado a participar.

A questão promete manter-se em debate nos próximos meses, dividindo opiniões entre quem defende medidas imediatas de exclusão e quem insiste na separação entre política e desporto.