O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin apresentou uma queixa na justiça contra o antigo avançado e atual deputado federal Romário, por injúrias e difamação, noticia hoje a imprensa brasileira.
Marin apresentou queixa na semana passada após a publicação de uma entrevista de Romário, na qual o antigo futebolista afirmava que o presidente da CBF tinha «um passado ligado à ditadura militar».
«O presidente tem um passado ligado à ditadura militar, está mal posicionado para criticar. Faz pena ver a direção da CBF passar de certos valores para outros», declarou Romário durante a entrevista, largamente difundida pela imprensa brasileira.
As declarações são citadas na queixa de Marin, segundo o sítio do jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com os advogados do presidente da CBF, a imunidade parlamentar de Romário não abrange estas declarações, uma vez que foram proferidas à imprensa fora do âmbito do estrito exercício parlamentar.
O antigo avançado internacional brasileiro faz parte dos 55.000 signatários de uma petição que exige a demissão do presidente Marin, tendo em conta as suas eventuais ligações à morte de uma jornalista durante a ditadura militar.
«Formalizámos, conjuntamente com Ivo Herzog e a deputada federal Jandira Feghali, a petição ‘fora Marin’», escreveu Romário na sua conta de Twitter.
Ivo Herzog é filho de Vladimir Herzog, jornalista assassinado por agentes da ditadura militar (1964-1985). É ele que, desde fevereiro, iniciou a petição, enviada às 27 federações dos estados brasileiros, assim como a 20 clubes de elite.
A CBF refuta as acusações e defendeu Marin, “patrão” do futebol brasileiro em plena preparação do Mundial2014, que será organizado pelo Brasil.
«Qualquer um, com um mínimo de boa-fé (...) concluirá facilmente que as acusações divulgadas por pseudojornalistas são absolutamente falsas», afirma a CBF em comunicado.
Até ao momento, Romário não reagiu à ação de justiça de Marin.
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