O Flamengo, que regressou esta semana aos treinos, ignorando as recomendações da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, garantiu que os futebolistas se sentem seguros com as medidas adotadas pelo clube contra a covid-19.
Na sequência das críticas e da controvérsia gerada pelo regresso aos treinos, contrariando as recomendações das autoridades, o Flamengo emitiu hoje um comunicado em que justifica a decisão com "o cumprimento rigoroso das normas de segurança e de higiene".
"Os atletas e os integrantes envolvidos no dia a dia do ‘Ninho do Urubu' [centro de treinos] informam que se sentem seguros e aptos a retomar os treinos em razão do protocolo de segurança e prevenção adotado pelo departamento médico do Flamengo", pode ler-se no comunicado publicado no site do clube e que é assinado por dirigentes, pelo treinador português Jorge Jesus e restante equipa técnica e pelos jogadores.
No mesmo texto, o Flamengo argumenta que o referido protocolo foi colocado em prática seguindo as mais rigorosas determinações de segurança internacional e que os jogadores, a equipa técnica e outros colaboradores realizaram testes com resultado negativo para a covid-19, além de serem examinados diariamente pelo departamento médico.
Contudo, segundo o portal de notícias Globosesporte, dois jogadores, que não identifica, acusaram positivo nos exames realizados a todo plantel na última segunda-feira.
Em resposta às críticas que ‘choveram' de múltiplos quadrantes, o Flamengo lembrou ainda que o seu centro de treinos "dispõe dos equipamentos necessários e também conta com uma higienização diária rigorosa, razão pela qual adotou 13 medidas para retomar as atividades".
"Depois de exames na reapresentação e de testes físicos no dia seguinte, os treinos foram retomados na quarta-feira, em acordo com o protocolo da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), que contempla atividades ao ar livre, tendo os grupos de trabalho sido espalhados pelos campos do ‘Ninho do Urubu'", conclui o comunicado do Flamengo.
Até agora, as autoridades administrativas do Rio de Janeiro só permitiam exercícios de fisioterapia para as equipas de futebol como forma de combater a pandemia do coronavírus, que já causou cerca de 19 mil mortos e mais de 290 mil infetados em todo o Brasil, o terceiro país do mundo mais afetado pelo surto.
No início deste mês, o Flamengo revelou que havia 38 pessoas contagiadas pela covid-19, entre elas três futebolistas da equipa principal, na sequência de 293 testes clínicos efetuados aos seus trabalhadores, ao plantel, a familiares e pessoas próximas que convivem diariamente com os jogadores e com o corpo técnico, designadamente empregados domésticos.
Na mesma altura, o massagista da equipa principal, Jorge Luís Domingos, conhecido por Jorginho, faleceu aos 68 anos vítima da covid-19.
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