O assessor de comunicação da federação guineense de futebol, Edgar Pires, acusou alguns jogadores de sabotagem nos jogos da seleção do país na Taça das Nações Africanas (CAN), que decorre no Egito.
Pires apontou os nomes dos médios Zezinho (capitão da seleção), Pelé, do avançado Toni Sá Brito, do guarda-redes Jonas Mendes, bem como do defesa Juari Soares, como sendo os autores da alegada sabotagem aos ‘djurtus’.
De acordo com o assessor de comunicação da federação guineense, aqueles jogadores recusaram-se a treinar e, nalguns casos, tentaram influenciar os restantes atletas a seguirem o seu exemplo, o que, disse, dificultou o trabalho da equipa técnica na preparação dos desafios.
"Nas vésperas dos jogos, a seleção não conseguiu treinar, às vezes só no dia do jogo é que [os jogadores] costumavam cumprir com treinos ligeiros", revelou Pires, que é também apresentador de um programa desportivo numa rádio de Bissau.
Edgar Pires afirmou mesmo que no jogo de estreia da Guiné-Bissau contra os Camarões, que os ‘djurtus’ acabaram por perder por 2-0, aqueles atletas teriam tentado a que os outros colegas da seleção não entrassem em campo.
"É altura de afastar estes jogadores da seleção nacional, porque estão a criar um mau ambiente", defendeu Pires, que espera ver responsabilização por parte das autoridades competentes.
A Guiné-Bissau não conseguiu atingir a segunda fase do campeonato africano das nações (CAN), ao alcançar um ponto, fruto de um empate a zero golos diante do Benim, e ao perder com os Camarões e o Gana, pelos mesmos resultados, 2-0.
Em entrevista ainda no Egito, o presidente da federação guineense, Manuel Lopes, admitiu que a seleção será objeto de "profundas reformas" e ainda agradeceu a contribuição de alguns jogadores que ajudaram a que a Guiné-Bissau possa estar, por duas vezes consecutivas, no CAN.
Comentários