A Associação Europeia de Adeptos (FSE) afirmou hoje que “não há lugar no futebol europeu para uma Superliga separatista” e criticou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que validou a criação da competição.
A FSE garantiu que continua “empenhada em continuar o trabalho” com a UEFA, as ligas e federações nacionais de futebol, e que irá examinar as implicações da decisão do TJUE com mais detalhe.
“Aconteça o que acontecer a seguir, a Superliga continua a ser um projeto mal concebido, que põe em perigo o futuro do futebol europeu”, disse a FSE, através da rede social X, sublinhando que vai, juntamente com os seus membros e os fãs, “lutar contra isso”.
A associação apelou ainda a uma maior proteção do futebol, dos clubes, das competições e das comunidades locais.
O TJUE considerou hoje contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir futebolistas e clubes de participarem em competições privadas, tal como a Superliga proposta em 18 de abril de 2021.
O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua "posição dominante" na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.
Real Madrid, FC Barcelona e Juventus são os ‘resistentes’ entre os 15 fundadores do projeto original – apesar de só terem sido revelados 12 -, que preconizava uma competição com 20 clubes.
O projeto de competição privado e fechado ruiu em apenas 48 horas, perante a oposição proveniente de diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.
Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que continua a ser apoiado pelos espanhóis do FC Barcelona e do Real Madrid e os italianos da Juventus, enquanto os outros nove de 12 clubes fundadores já desistiram de uma futura Superliga.
O plano regressou em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo.
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