Os próximos jogos da Taça Libertadores de futebol que se disputam na Argentina, bem como os da Taça da Liga argentina, vão ser realizados à porta fechada, devido à pandemia de Covid-19, anunciou hoje o governo argentino.
Em comunicado, o Ministério do Turismo e do Desporto argentino, em convergência com o Ministério da Saúde, anunciou a “suspensão preventiva da presença de público em todos os espetáculos desportivos de massas na Argentina, tanto nacionais como internacionais, por tempo indeterminado”.
Com esta medida, o governo argentino pretende “minimizar a propagação do Covid-19”.
A medida será colocada em prática já hoje, em Avellaneda, na partida entre os argentinos do Racing e os peruanos do Allianza Lima, a contar para a segunda jornada do grupo F da Taça Libertadores.
Os encontros da primeira jornada da Taça da Liga argentina, que arranca na sexta-feira, também serão disputados sem público nas bancadas dos estádios.
Na quarta-feira, o governo argentino já tinha suspendido todas as competições desportivas internacionais que estavam agendadas para decorrer no país durante este mês, como o Campeonato do Mundo de esgrima, o Grande Prémio de atletismo, o torneio pré-olímpico americano de boxe e o Campeonato Sul-Americano de natação.
No mesmo dia, o ministro argentino do Turismo e do Desporto, Matías Lammens, revelou que todos os futebolistas que foram convocados para a seleção da Argentina e que atuam no exterior terão de ficar em quarentena durante 14 dias quando entrarem no país, devido à pandemia de Covid-19
A seleção argentina, para a qual foram convocados Marcos Acuña, do Sporting, e Nehuén Pérez, do Famalicão, recebe o Equador, em 26 de março, na primeira jornada da qualificação sul-americana para o Mundial2022, e cinco dias depois visita a Bolívia.
Entretanto, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) já solicitou à FIFA a suspensão das duas primeiras jornadas da qualificação para o Mundial2022.
Na Argentina, registaram-se, até ao momento, 21 casos de infeção por Covid-19 e um morto, um homem de 64 anos, que morreu no sábado, tornando-se na primeira vítima mortal na América Latina devido ao novo coronavírus.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
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