Juan Izquierdo não sobreviveu ao ataque cardíaco sentido durante o jogo entre o Club Nacional do Uruguai e o São Paulo do Brasil e morreu, cinco dias depois, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Na quinta-feira passada, o defesa de 27 anos desmaiou no relvado do estádio do Morumbi, em São Paulo, aos 84 minutos do jogo da segunda mão dos oitavos de final da Taça dos Libertadores. Izquierdo foi retirado do estádio de ambulância e levado imediatamente para os cuidados intensivos do Hospital Albert-Einstein, na metrópole brasileira, onde os médicos disseram que a paragem cardíaca tinha provocado danos neurológicos irreversíveis.

O central uruguaio aumenta a lista de futebolistas que morreram após colapsarem em pleno relvado.

Eis alguns casos

Miklos Feher: o caso mais conhecido em Portugal é do húngaro Miklos Feher. A 26 de janeiro de 2004, o avançado foi vítima de uma paragem cardio-respiratória, caindo fulminado nos minutos finais do jogo em que o Benfica visitava o Vitória de Guimarães, para a Primeira Liga portuguesa.

Marc-Vivien Foé: sete meses depois de Feher, foi a vez do internacional camaronês Marc-Vivien Foé, que morreu em campo durante a Taça das Confederações, disputada no Verão de 2003, em França. O jogador africano caiu em campo quando disputava um encontro com a Colômbia, vítima de uma cardiomiopatia hipertrófica. Foi a primeira morte num torneio da FIFA, presenciado em direto.

Alex: a 17 de novembro de 2013, o avançado Alex, do Tourizense, de 20 anos, morreu durante um jogo de futebol do Campeonato Nacional de Seniores. O jovem futebolista sofreu uma paragem cardiorrespiratória aos sete minutos da partida entre o Tourizense e o Carapinhense, disputado em Touriz, Tábua, no distrito de Coimbra. O atacante da equipa da casa foi prontamente assistido, mas as manobras de reanimação não tiveram sucesso.

Alex Apolinário: a 07 de janeiro de 2021, o jogador brasileiro de 24 anos, na altura no Alverca, do Campeonato de Portugal, caiu inanimado aos 27 minutos do jogo frente ao União de Almeirim (0-0), da 10.ª ronda da Série F do terceiro escalão, realizado no Complexo Desportivo do Futebol Clube de Alverca, sem que estivesse a disputar qualquer lance. Alex Apolinário sofreu uma paragem cardiorrespiratória e foi transportado para o Hospital de Vila Franca de Xira pelos bombeiros de Alverca, que realizaram manobras de reanimação no relvado, tendo estado internado em coma induzido nos últimos dias.

Cheick Tioté: a 05 de junho de 2017, o médio da Costa do Marfim, então com 30 anos, sentiu-se mal durante um treino no Beijing Enterprises, da Segunda Divisão da China. O antigo jogador do Newcastle foi transportado para um hospital, mas não resistiu e acabou por morrer.

Piermario Morosini: a 14 de abril de 2012, o médio Piermario Morosini, do Livorno, caiu em pleno relvado e morreu após sofrer uma paragem cardíaca durante o jogo com o Pescara, pela Série B do Campeonato Italiano. Na autópsia, descobriu-se que o jogador tinha uma deformação genética cardíaca: uma doença genética rara e muito difícil de detetar, que transforma gradualmente as células musculares do coração em gordura.

Antonio Puerta: a morte de Puerta foi mais um dos casos que comoveu o mundo. O lateral esquerdo morreu a 28 de agosto de 2007, no hospital Virgen de Rocio, vítima de encefalopatia e falência múltipla dos órgãos, provocadas por múltiplas paragens cardio-respiratórias, depois do jogador ter desmaiado em campo durante o jogo entre o Sevilha e o Getafe, para LaLiga.

Serginho: um dos casos mais conhecidos no Brasil foi o de Serginho, uma das estrelas do São Caetano, vice-campeão do Brasil em 2000. A 27 de outubro de 2004, o defesa, então com 30 anos, caiu inanimado em campo, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, aos 14 minutos da segunda parte do jogo do “Brasileirão” entre o São Caetano e o São Paulo, quando o marcador ainda se encontrava a zero. Apesar dos esforços dos médicos de ambos os clubes, Serginho não reagiu às manobras de reanimação e morreu minutos depois na sala de cuidados intensivos do hospital São Luiz, próximo do estádio Morumbi.

Patrick Ekeng: a 05 de maio de 2016, o médio camaronês Patrick Ekeng, do Dínamo de Bucareste, morreu em campo durante um jogo do campeonato romeno, depois de ter caído inanimado em campo. O jogador de 26 anos, internacional pelos Camarões, tinha sido lançado em campo há sete minutos na partida frente ao Viitorul Constanta, quando de repente desfaleceu no relvado, sem que tivesse sido tocado por qualquer adversário. Ekeng foi transportado de imediato para o serviço de urgências, onde as equipas médicas tentaram reanimá-lo durante 90 minutos, sem sucesso.