O procurador especial Stefan Keller foi afastado da investigação sobre possíveis delitos cometidos pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, aberta no verão passado, anunciou hoje a justiça suíça.
Em comunicado, o Tribunal Criminal Federal de Bellinzona refere que foi aceite na sexta-feira o “pedido de recusa de Gianni Infantino contra Stefan Keller”, adiantando que o magistrado deve reembolsar o líder da FIFA em 5.000 francos suíços (cerca de 4.560 euros), de custos judiciais.
No entanto, o tribunal esclareceu que as acusações contra Gianni Infantino se mantêm, uma vez que não foram apreciados os pedidos de “nulidade dos atos processuais”.
O presidente da FIFA continua assim a ser investigado por incitação à prática criminosa, violação do segredo profissional e obstrução à investigação, num processo que será retomado após a nomeação de um novo magistrado.
Em março, Tribunal Penal Federal da Suíça invalidou alguns aspetos da investigação de Stefan Keller, considerando que este excedeu o âmbito da investigação para que foi designado, que visava uma série de reuniões de Infantino com o antigo procurador-geral Michael Lauber, que então investigava a corrupção no futebol.
A decisão do Tribunal Penal Federal anulou os interrogatórios de Keller com outras pessoas que caem fora do âmbito das suas competências, sendo eliminados do expediente.
O procurador suíço iniciou no final de julho de 2020 uma investigação penal a Infantino, com uma reunião de 2017 com Lauber no centro do caso, com notícias de dezembro a darem conta do uso de um avião privado pelo líder da FIFA.
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