Os futebolistas do Wuhan Zall, principal clube de Wuhan, onde teve origem a pandemia de Covid-19, chegaram hoje à China, com a equipa, que conta no plantel com o defesa português Daniel Carriço, a ficar em quarentena.
O jogador internacional português, de 31 anos, assinou pelo Wuhan em 20 de fevereiro, depois de sete anos e meio ao serviço do Sevilha.
Durante a crise sanitária na China, o plantel do Wuhan manteve-se em Espanha, mas com a mudança do epicentro da pandemia para a Europa, segundo a Organização Mundial de Saúde, o clube decidiu regressar ao país de origem.
O plantel deixou no domingo a região da Andaluzia, onde se manteve em estágio, até antecipar o regresso à China, que devia acontecer apenas no final de março.
“Depois de um dia inesquecível e duro, a equipa chegou a Shenzhen às 15:00 de segunda-feira [horas locais]”, referiu o clube, cujo plantel esteve parado em Frankfurt, na Alemanha, antes de receber autorização para continuar viagem.
Já em Shenzhen, no sul da China, demorou 12 horas a chegar ao hotel onde permanecerá, devido a controlos sanitários, com o objetivo de evitar a propagação do novo coronavírus, e ficará em isolamento durante 15 dias, indicou a agência Xinhua.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal há 331 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, tendo-se registado na segunda-feira a primeira morte.
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