Com o arranque do Mundial feminino tem sido possível apreciar a qualidade de algumas das melhores jogadoras do mundo nas respetivas seleções. Aguarda-se pela estreia da equipa portuguesa no próximo domingo frente aos Países Baixos.
Ainda assim, os prémios de jogo atribuídos às jogadoras ainda estão muito distantes dos números dos homens. Isto apesar do aumento exponencial dos prémios de jogo, dos 30 para os 110 milhões de euros, em relação ao último Mundial Feminino, um valor três vezes maior ao que foi pago em 2019. A diferença entre homens e mulheres ainda é exponencial, numa competição que cresceu das 24 para as 32 equipas presentes no certame que se realiza na Nova Zelândia e Austrália.
Recorde-se que a FIFA vai pagar diretamente às jogadoras presentes no Mundial de futebol feminino pela primeira vez na história. Cada atleta receberá 30 mil dólares (27.409 euros) do organismo que rege o futebol mundial só por marcar presença na prova.
O valor atribuído pela FIFA a cada atleta irá aumentar, à medida que cada seleção avance no torneio que terá lugar na Austrália e na Nova Zelândia.
No caso dos homens, como é possível perceber na infografia do site Statistica, de acordo com dados da FIFA, há um total de 440 milhões de euros que são distribuídos entre as 32 equipas. Um valor quatro vezes superior ao das mulheres, que contam com 110 milhões de euros. A seleção vencedora nos masculinos recebe 42 ME, enquanto a equipa feminina aufere 10,5 milhões de euros.
Os Estados Unidos é a única exceção, e a Federação do país foi mesmo pioneira no que diz respeito à equidade, ao atribuir os mesmos prémios de jogo a homens e mulheres.
As jogadoras campeãs levarão para casa 246 mil euros cada, as vice-campeãs ficam com 178 mil euros e as que terminarem no derradeiro lugar do pódio arrecadam 164 mil euros cada. 150 mil euros será dado a cada atleta que ficar no quarto posto. As jogadoras das equipas que ficarem pelos quartos de final recebem 82 mil euros, as que terminarem nos oitavos de final levam 54 mil euros.
Esta medida vem na sequência de uma promessa feita pelo organismo liderado por Gianni Infantino em março, de aumentar os prémios a distribuir pelas 732 jogadoras que irão participar no Mundial de Futebol feminino que arranca em julho, na Austrália e na Nova Zelândia.
A FIFA aumentou significativamente os prémios, que passaram dos 27.4 ME pagos em 2019 no Mundial de França, para mais de 100 milhões de euros este ano. Um aumento de mais de 300 por cento.
Em muitos casos, os prémios arrecadados irão ultrapassar os montantes ganhos pelas atletas nos seus clubes. De acordo com um relatório da FIFA, o salário médio pago no futebol profissional feminino é de 14 mil dólares (12.791 euros).
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