O futebolista espanhol Andrés Iniesta disse hoje, numa carta de despedida da seleção espanhola, após a eliminação no Mundial2018, que sentiu a concretização de um “sonho”, mas também a “responsabilidade” de representar o seu país.
“Há 14 anos, vesti pela primeira vez uma camisola da nossa seleção. Tinha 15 anos e nunca vou esquecer esse momento, era o sonho da minha vida poder defender as cores do meu país. É algo muito especial, não só um sonho como uma grande responsabilidade”, começou por escrever o médio.
O jogador já tinha anunciado que o torneio na Rússia seria o último pela seleção, e confirmou a decisão após a eliminação com a anfitriã, nas grandes penalidades.
Na carta recorda ainda os “grandes êxitos” e os sonhos concretizados, mas também as “grandes deceções e momentos muito difíceis”, que o fizeram “melhor companheiro e melhor futebolista”.
Convicto de que viveu “uma das melhores etapas do futebol espanhol, com jogadores que têm sido e são excecionais em todos os sentidos”, o médio agradeceu a “todos” os que partilharam o balneário da ‘roja’ consigo, mas também à federação, pelo “apoio e tratamento que sempre tiveram nos últimos anos”.
Sobre os selecionadores, Iniesta lembrou todos mas deixou “especial carinho a Luis Aragonés”, com quem se estreou, e com quem veio, depois, “a conquistar o primeiro Europeu [em 2008] num torneio de sonho”.
Os agradecimentos terminam com os adeptos da seleção espanhola e com a família, garantido estar agora “sempre com a ‘roja’”, mesmo fora de campo.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) já reagiu, através da conta Twitter da seleção, ao agradecer ao atleta “para sempre”.
“Nós é que temos de agradecer-te, por tudo o que vivemos juntos desde que vestiste pela primeira vez a nossa camisola”, pode ler-se.
Pela seleção principal, Iniesta atuou em 131 jogos, marcando 13 golos, com o mais importante a acontecer na final do Mundial2010, na África do Sul, no prolongamento perante a Holanda, dando o título aos espanhóis.
Antes, já tinha sido campeão europeu em 2008, e voltaria a sê-lo em 2012, numa carreira em fases finais de seleções que começou no Mundial2006 e passou também pelo Euro2016, vencido por Portugal, e o Mundial2014.
Na carreira em clubes, o médio de 34 anos representou sempre o FC Barcelona, cumprindo mais de 600 jogos em todas as competições oficiais pelos catalães entre 2002 e este ano, quando anunciou a saída para os japoneses do Vissel Kobe.
Comentários