Em 2014, o Brasil recebe a vigésima edição dos Mundiais de futebol e é por isso mesmo que a rubrica "Um Oceano de Histórias" dedica o seu capítulo número 20 à história desta competição.
Quando o bom é ser repetente
Quando no próximo ano o Brasil acolher a 20ª edição do Mundial de futebol, assistiremos à quinta repetição de um país na qualidade de anfitrião da competição. O primeiro episódio em solo brasileiro aconteceu em 1950, numa altura em que a Europa estava ainda em ruínas por causa do conflito mundial.
A festa do regresso da prova, depois de 12 anos de paragem, ficaria para sempre marcada pelo que a História designou como “Maracanazo”. Na final com o Uruguai, a seleção canarinha não evitou a derrota e deu aos seus adeptos o seu maior desgosto. 64 anos volvidos, a competição volta ao país do futebol para um reencontro com a história.
O Brasil é somente o último representante nesta lista de repetentes da FIFA, uma lista que começou com a escolha do México em duas ocasiões distintas e intermediadas por apenas 16 anos. Foram os Mundiais de 1970 e 1986, que consagraram dois “monstros” do futebol mundial: Pelé e Diego Maradona.
A título de curiosidade, refira-se que os mexicanos são também os únicos a apresentarem um recinto já com duas finais de Mundiais disputadas: o Estádio Azteca, o terceiro maior (105 064 espectadores) do Mundo e que foi construído para a realização dos Jogos Olímpicos de 1968.
O país seguinte a repetir uma organização foi a Itália, que esperou 56 anos entre 1934 e 1990 para voltar a ser anfitrião do Mundial. Se no primeiro teste tudo correu bem, com o primeiro título mundial, à segunda a Squadra Azzurra não teve a mesma sorte e viu a Alemanha fazer a festa na sua casa.
Por outro lado, o inverso sucedeu-se com a França. A uma primeira realização do Campeonato do Mundo em 1938 sem a conquista do título, os ‘bleus’ conheceram finalmente em 1998 a doce glória de serem campeões. Sob a liderança de Zidane, Deschamps e Blanc, os gauleses celebraram em Paris numa polémica final com o Brasil.
A Alemanha é o último país a fechar esta lista de “repetentes” do Mundial. A competição de 1974 teve o mérito de imortalizar nomes como Franz Beckenbauer ou Gerd Muller perante a poderosa ‘Laranja Mecânica’, naquele que foi o ‘bi’ da Mannschaft.
No entanto, os germânicos não souberam imitar a história que eles próprios já tinham feito e caíram nas meias-finais aos pés da Itália, que seguiria para a conquista do seu quarto título mundial, vergando a França nas grandes penalidades.
No que toca a continentes, a vitória é europeia. O ‘Velho Continente’ recebeu 10 provas, o continente americano acolheu oito (incluindo já 2014) e Ásia e África registam uma. E com a Rússia e o Qatar no horizonte, a palava de ordem na FIFA é abrir novos mundos ao futebol.
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