O SL Benfica venceu o Real Madrid no Estádio da Luz por 5-2 na quinta edição da Eusébio Cup. Os espanhóis chegaram a estar em vantagem mas os anfitriões pautados por Carlos Martins e Witsel não permitiram a Mourinho levar para casa o segundo troféu.
Um jogo entre SL Benfica e Real Madrid é sempre uma atração no mundo do futebol. Ao Estádio da Luz acorreram 35 476 espetadores para ver estrelas como Kaká, Higuain ou Benzema mas a ovação da noite para o adversário foi mesmo para Fábio Coentrão.
A primeira mudança no marcador ocorreu antes dos cinco minutos de jogo. Ainda havia adeptos à procura de lugar quando aos quatro minutos, uma falta de Lass Diarra na lateral direita do ataque do Benfica marcada por Carlos Martins, encontrou Javi Garcia solto de marcação. O médio espanhol atirou de cabeça, inaugurando o marcador para a primeira explosão de alegria no Estádio da Luz.
Apesar de ter a maior parte dos jogadores ainda de férias, o Real Madrid apresentou-se na Eusébio Cup com algumas estrelas, e que estrelas.
Aos 18 minutos o corredor direito do Real voltou a funcionar com Melgarejo, sem "estaleca" para aquela posição, a ser batido pelo endiabrado Di Maria. O argentino ex-Benfica foi à linha, cruzou atrasado para o remate certeiro de Callejon, Artur Moares nem se mexeu.
Um minuto depois, o segundo do Real. Uma perda de bola de Cardozo ainda no meio-campo benfiquista, deixou a bola a mercê de Higuain. O avançado esperou pelo momento certo e pela desmarcação de Callejon, que isolado frente a Artur, não desperdiçou e fez o 2-1. Os jogadores encarnados ainda esboçaram algum protesto por pressuposto fora de jogo mas a vantagem era mesmo do Real Madrid.
Mas a jogar em casa, o Benfica estava obrigado a responder e numa jogada tirada a papel químico do primeiro golo, falta de Lass, Carlos Martins colocou a bola na área, onde apareceu Witsel a atirar de cabeça para o 2-2. Adan ainda tocou na bola mas não conseguiu evitar o golo.
Por esta altura, era o belga quem brilhava em campo, quem sabe a tentar convencer Mourinho a levá-lo para o Santiago Bernabéu.
À passagem da meia hora, o Benfica desperdiçou três grandes oportunidades. Primeiro foi Witsel, com um passe de magia, a encontrar Gaitan na área mas este a dominar mal a bola. Depois foi Gaitan, em jogada individual, a passar por dois contrários mas a rematar mal e por cima, quando já só tinha Adan pela frente. No minuto seguinte, foi Cardozo a ouvir uma enorme assobiadela, depois de falhar um golo feito. Uma arrancada (a primeira) de Melgarejo na esquerda, acabou com um cruzamento milimétrico ao segundo poste onde Tacuara,
sozinho, atirou por cima. Uma oportunidade perdida que levou ao desespero (e muitos assobios) os milhares de benfiquistas que marcaram
presença na Luz.
O Benfica estava por cima mas até ao intervalo, apenas a registar um livre de Carlos Martins que Adan defendeu com os punhos.
No início da 2ª parte Jesus fez entrar Ola John, Kardec e Enzo Peres para os lugares Nolito, Cardozo e Nico Gaitan.
Aos 54 minutos, Enzo Perez marcou...quase que por acaso. O argentino tirou um cruzamento muito chegado a baliza, Adan mediu mal a trajetória da bola que acabou por entrar no ângulo superior direito da baliza. Um bonito golo, se bem que a intenção do argentino fosse cruzar a bola.
Mas a ovação da noite acabaria por ser dada a um jogador adversário. Mal Mourinho deu ordens de aquecimento a Fábio Coentrão as bancadas da Luz começaram a agitar-se pelo antigo jogador da casa. Os adeptos benfiquistas não esquecem o lateral, que interrompeu as férias para poder estar neste jogo.
Aos 58`minutos, os adeptos foram brindados com o melhor golo da noite. Witsel ganha a bola, combina com Enzo Perez na direita, entra na área e cruza atrasado para Carlos Martins fuzilar Adan. Era o quarto do Benfica, no melhor período dos encarnados.
A poucos minutos do fim, Enzo Perez fechou a contagem em 5-2 para o SL Benfica depois de um bom trabalho de Kardec. O avançado brasileiro pressionado pela defesa madrilena, desmarca Enzo Peréz e o argentino, na cara de Adán, atira por cima do guardião e bisa na partida.
No final do encontro, as equipas ficaram no centro do relvado para as habituais celebrações com fogo-de-artifício.
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