Golos de Arthur Cabral, João Neves e Rafa valeram ao Benfica uma vitória tranquila, por 3-0, na receção ao Gil Vicente, em partida da 20.ª jornada da Primeira Liga 23/24.
Num encontro em que dominaram de princípio a fim, as águias marcaram por duas vezes na primeira parte, no seguimento de pontapés de canto, e selaram depois, no segundo tempo, um triunfo que as deixa isoladas no primeiro lugar, ainda que com mais um jogo realizado do que o Sporting, tirando assim proveito do facto de os leões terem visto, na véspera, o seu jogo em Famalicão adiado para data ainda a definir. Ao mesmo tempo, dilataram ainda mais a vantagem sobre o FC Porto, depois do empate dos dragões na receção ao Rio Ave, na noite de sábado.
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Águia entra forte, Cabral ameaça e marca mesmo
Com duas novidades - que acabavam por ser três - no onze, o Benfica entrou com tudo. Roger Schmidt resolveu tirar do onze inicial João Mario e Kokçu para apostar em Florentino e Alexander Bah, colocando desta feita Aursnes no meio-campo. E as águias entraram com tudo no encontro.
Depois de uma sequência de boa jogadas, com rápidas trocas de bola entre os jogadores encarnados, aos cinco minutos Di María cruzou para a área e, em excelente posição, solto de marcação, Arthur Cabral cabeceou, mas a bola bateu no poste e a defesa do Gil Vicente afastou o perigo.
Foi, contudo, um aviso para o que iria acontecer pouco depois. O Benfica até parecia estar a perder alguma intensidade mas, na sequência de um pontapé de canto, a dupla Di Maria-Arthur Cabral voltou a entrar em ação e, desta feita, na perfeição: o argentino bateu a bola com conta, peso e medida para a grande área do Gil Vicente e o brasileiro cabeceou na perfeição, como mandam as regras, de cima para baixo, para o 1-0.
Mais um canto, mais um golo
O Gil Vicente tentou reagir, conseguiu trocar algumas vezes a bola no meio-campo contrário, mas sem importunar Trubin, e o Benfica continuou a mandar no jogo, agora com mais espaço para explorar os seus ataques.
Aos poucos, porém, a velocidade do encontro foi diminuindo e o jogo ficou algo adormecido e as ocasiões de perigo foram escasseando, merecendo destaque apenas uma forte homenagem a Miklos Feher.
Só que, à passagem do minuto 33, o Benfica conquistou novo pontapé de canto e voltou a marcar. Uma vez mais Di María a bater a bola da esquerda para a grande área do Gil, Otamendi ganhou nas alturas e a bola sobrou para João Neves, que usou bem o corpo para ganhar sobre um adversário, tirar outro do caminho e em jeito, em grande estilo, de trivela, atirar para o 2-0.
O Gil Vicente acusou ainda mais o segundo golo sofrido e o Benfica podia ter chegado ao terceiro perto do intervalo,
Golo a abrir a segunda parte e tudo resolvido
O terceiro golo não surgiu a fechar a primeira parte, surgiu a abrir a segunda. Os encarnados voltaram a entrar fortes e marcaram por Rafa. Excelente triangulação, com Morato a tocar para Aursnes e este, com um excelente passe, a servir Rafa no momento certo. O camisola 27 das águias controlou, ajeitou e rematou colocado para o 3-0.
Se dúvidas ainda existiam quando ao desfecho da partida, esse terceiro golo acabou por completo com elas e, perante um Gil Vicente quase inoperante em termos ofensivos ao longo dos 90 minutos, o ritmo da partida baixou significativamente. Os galos continuaram sem conseguir criar perigo, exceção feita a um remate de Touré defendido para canto por Trubin já perto do fim, e o Benfica não acelerou o suficiente para causar mais danos ao adversário.
Os encarnados passam a somar 51 pontos, mais dois do que o Sporting (menos um jogo) e seis do que o FC Porto, enquanto o Gil Vicente, que vinha de duas vitórias seguidas, é 10.º posicionado, com 22.
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