Sebastian Coates, defesa central do Sporting, falou, numa entrevista a um blogue uruguaio sobre NBA, o 'NBA Patológicamente', do facto de, no retomar das competições e da I Liga portuguesa em particular, os jogos irem decorrer em estádios vazios.
O jogador 'leonino' admite que vai ser uma experiência estranha. "Nunca joguei assim como profissional. Nas camadas jovens tínhamos 150 pessoas nos estádios e estava lá a nossa família mas agora será diferente. Há microfones em todo o estádio que sem o som ambiente vão registar tudo. Vão ouvir-nos dizer mal dos árbitros e a dizer alguns palavrões. Até se vai especular sobre o mau ambiente entre os jogadores quando tivermos uma discussão no campo. Não estamos habituados a sermos escutados", admitiu.
"Muitas vezes tapamos a boca porque não queremos que ninguém saiba o que dizemos aos companheiros de equipa. Chega a ser um comportamento paranóico, pois até o fazemos nos treinos; já está no nosso subconsciente", explicou.
Sobre o período de confinamento, Coates explicou o impacto que a paragem tem nos atletas. "Um mês na passadeira é muito mau para nós, pois perdemos massa muscular e os tendões ressentem-se. Eu fui operado ao joelho em 2014 e comecei a sentir dores por correr na passadeira. Felizmente voltei ao relvado e tudo mudou. Vamos sofrer nestes dois meses", salientou a terminar.
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