O administrador executivo da SAD do Benfica afastou hoje o cenário de recurso ao ‘lay-off', para fazer face aos efeitos da pandemia de COVID-19, e afirmou que a redução de custos só será feita em caso de necessidade.
"Estamos a fazer aquilo que entendemos ser o correto, ou seja, continuar a honrar todos os nossos compromissos. Não sabemos o que irá acontecer relativamente à época 2020/21, falta muita informação, falta perceber como é que o mercado vai funcionar, mas, para já, a única coisa que posso dizer é que estamos muito atentos, a pilotar a situação de forma permanente, regular, com o presidente totalmente envolvido neste processo", afirmou Domingos Soares de Oliveira, em entrevista à BTV.
Contudo, o dirigente benfiquista não afastou uma eventual redução de custos no futuro.
"Não posso dar nenhuma garantia relativamente ao futuro, mas aquilo que posso dizer aos benfiquistas é que só entraremos num processo mais acentuado de redução de custos se efetivamente tivermos necessidade de fazer esse processo", adiantou.
Ainda assim, perante os efeitos da crise de saúde pública, Soares de Oliveira confessou que o Benfica já teve de "rever" alguns "grandes investimentos" que estavam programados, "em particular no Estádio da Luz".
"Tínhamos previsto fazer mudanças muito grandes do ponto de vista de iluminação, do som, dos ‘megascreens'. Esses investimentos foram colocados em suspenso. Tínhamos outros investimentos para fazer no Seixal, que também foram postos em espera. Analisámos tudo aquilo que são gastos que temos dentro dos vários departamentos e que pudessem ser evitados", explicou.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 700 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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