O Desportivo das Aves considerou hoje “manifestamente exagerado” o castigo aplicado ao seu treinador, Lito Vidigal, e lembrou situações ocorridas com outros treinadores expulsos na I Liga de futebol sem a mesma punição.
“Achamos o castigo aplicado aos nossos treinadores (Lito Vidigal e o adjunto João Silva) manifestamente exagerado. O que nos suscita surpresa é observar que, ao longo da presente época, já assistimos a situações análogas a não terem, e muito bem, sido alvo de dias de castigo pela expulsão do banco”, pode ler-se no comunicado tornado hoje público pela SAD do Desportivo das Aves.
Lito Vidigal foi hoje castigado com oito dias de suspensão, depois de ter sido expulso no jogo com o Rio Ave, dos quartos de final da Taça de Portugal, que valeu a passagem dos avenses às meias-finais da prova.
Depois de ter sido conhecido o castigo aplicado ao seu treinador, a direção do Aves reuniu-se e optou por cancelar a conferência de imprensa agendada para hoje ao fim da tarde, na qual Lito Vidigal iria abordar a visita do Desportivo a Alvalade, no próximo domingo, em jogo da 18ª jornada da Liga de futebol.
“Da mesma maneira que se pede compreensão para quando os árbitros erram de forma grosseira, como aconteceu na passada quarta-feira, exige-se também alguma dose de tolerância e bom senso para os restantes agentes desportivos; mais ainda quando alguma situação de descontrolo momentâneo advém da reação a esses mesmos erros”, lê-se no mesmo comunicado da SAD do Desportivo das Aves.
Os responsáveis do clube lamentam o castigo aplicado a Lito Vidigal, invocam os valores que norteiam a instituição que dirigem e alegam que mereciam mais compreensão e bom senso por parte de quem pune.
“Sabemos que os erros de arbitragem fazem parte do jogo e quem não erra que ‘atire a primeira pedra’. Sabemos, também, que foi opinião unânime na comunicação social que esses erros existiram, e é natural a nossa indignação perante tais factos”, refere, ainda, o comunicado.
No mesmo texto, a SAD do Desportivo das Aves sublinha que esta decisão do Conselho de Disciplina da FPF não mudará a postura do clube, de continuar a acreditar nas instituições do nosso futebol e nas pessoas que as comandam, mas que este, apesar do sentimento de indignação, seguirá em frente com a alma que o caracteriza.
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