“Em simultâneo com a construção em curso deste empreendimento, a autarquia tem um novo plano de acessibilidades, cujo concurso vai ser aberto, de maneira a que esteja tudo pronto quando as obras da academia terminarem. O trajeto para aqui chegar não é fácil”, disse hoje o administrador financeiro cessante da SAD dos ‘dragões’, Fernando Gomes.

O FC Porto promoveu uma visita aos terrenos localizados nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e de São Pedro Fins, onde já trabalham algumas retroescavadoras na sua desmatação, em sintonia com a empresa ABB, tendo em vista a edificação da academia, uma das medidas eleitorais da recandidatura de Pinto de Costa à presidência do clube.

“Chegaremos aqui a partir do Estádio do Dragão em 15 minutos, sempre através de vias principais. As acessibilidades são muito importantes, porque se esperam 2.000 pessoas nos dias de jogos e entre 600 e 700 em dias de movimento normal. O arquiteto Manuel Salgado foi a escolha do FC Porto para desenvolver e implantar o projeto da academia, mas também foi contratado diretamente pela Câmara da Maia para elaborar o plano de ordenamento de uma zona urbanamente quase abandonada”, vincou Fernando Gomes.

Em 16 de abril, numa sessão de hasta pública realizada na autarquia maiata, o FC Porto tinha selado a aquisição por 3,36 milhões de euros (ME) de 14 dos quase 23 hectares de terreno, que está englobado no projeto do Parque Metropolitano da Maia, sendo que 9,3 são da ABB, junto da qual foi adjudicado um movimento de terraplanagem por 6,89 ME.

“O período de construção previsto é de um ano e meio. Já começou e está em contagem decrescente. A Câmara da Maia também prevê que as acessibilidades estejam prontas nesse prazo. Quando o espaço for inaugurado, todos virão pelas novas acessibilidades”, ambicionou, numa altura em que a empreitada é rodeada pelas autoestradas A3 e A41.

A visita foi ainda testemunhada pelos administradores Luís Gonçalves e Vítor Baía e por Pinto da Costa, que assinalou o 42.º aniversário da sua primeira tomada de posse com elogios à “cereja no topo do bolo” saboreada pela direção do clube em final de mandato.

“É a obra mais necessária e aquela que vai dar mais força ao clube e às suas equipas de futebol. Como pode albergar 140 jovens, é mais fácil de captar quem não é do FC Porto, porque ficará magnificamente instalado. Isto não é uma obra para mim nem para a minha direção, que está a terminar este mandato com uma cereja no topo do bolo. É importante para o futuro do FC Porto e para os atletas que querem jogar cá, mas que, muitas vezes, iam para outros clubes por falta de instalações. Não é uma utopia, mas é um sonho e eu costumo acordar com os meus sonhos realizados”, atirou, a quatro dias do ato eleitoral.

Além da Casa do Dragão e de uma zona técnica desportiva, o projeto aglomera um mini-estádio para acolher partidas da II Liga e dos escalões de formação, com 2.000 lugares cobertos, mais nove campos relvados de dimensões oficiais e um para o futebol de sete.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).

O ato eleitoral decorrerá no sábado, entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, numa altura em que Pinto da Costa está a cumprir o 15.º mandato seguido, desde 1982, e detém o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.