José Fontelas Gomes: "Árbitros não terão medo de pôr o dedo na ferida"

O constante ruído em torno das arbitragens poderá levar a APAF a 'outro tipo de medidas' se nada for feito em defesa dos árbitros portugueses.

Início do julgamento do alegado agressor do árbitro Pedro Proença • O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), José Gomes, à chegada para o julgamento de Américo dos Santos Alves, alegado agressor do árbitro Pedro Proença, esta tarde no Campus de Justiça, em Lisboa, 27 de janeiro de 2014. O caso remonta a agosto de 2011, quando Pedro Proença terá sido agredido pelo arguido, provocando-lhe lesões na face. MIGUEL A. LOPES / LUSA • Lusa

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) garantiu esta segunda-feira que os árbitros não se vão encolher com os contínuos ataques ao sector da arbitragem por parte de alguns dirigentes de clubes, e que medidas terão de ser tomadas caso o ruído em torno dos árbitros perdure ao longo da temporada.

Em declarações à Antena 1, José Fontelas Gomes, presidente da APAF, prometeu agir em conformidade se os recorrentes ataques ao sector continuarem a ser uma realidade no futebol português.

"Os árbitros não vão ter medo de pôr o dedo na ferida", começou por dizer o dirigente que lamenta o 'constante falatório' que pretende colocar em causa a 'honestidade e idoneidade dos árbitros'.

Embora defenda que a atual estratégia da APAF passa por manter 'alguma paz no futebol', José Fontelas Gomes deixou também um sério aviso a alguns agentes que promovem o atual estado de 'terrorismo verbal' que incendeia o futebol português garantindo que a APAF não hesitará em tomar "outro tipo de medidas" se nada for feito em defesa dos árbitros portugueses.