José Augusto marcou o futebol português ao serviço do Benfica, e como treinador passou por clubes como o Barreirense, o Vitória de Setúbal, o Portimonense e o Farense.
Foi precisamente ao comando do clube de Faro que José Augusto disputou aquele que foi o último jogo entre clubes algarvios no principal escalão do futebol português: um Farense-Portimonense, em 1989.
José Augusto reconhece que este tipo de encontros tem sempre uma atmosfera “especial”, embora lamente que hoje já não tenha exactamente a mesma aura.
“Antigamente o dérbi tinha outra atmosfera, as pessoas sentiam a tradição e a paixão desses confrontos. Mas hoje já não é tanto assim, porque as novas gerações não deram continuidade à mensagem deste tipo de acontecimentos. Aliás, se não for a comunicação social a lembrar este tipo de momentos e as memórias que daí advêm, as novas gerações têm pouco conhecimento dessas situações. Há muito menos paixão porque a mensagem não foi bem passagem nas últimas décadas.”
Quanto ao encontro de 1989, e que acabou num empate sem golos no Estádio de São Luís, José Augusto recorda um embate de cavalheiros com o amigo José Torres.
“Foi um jogo logicamente especial e que eu e o José Torres vivemos num clima de enorme fair-play. Havia respeito um pelo outro. Dentro do campo é que se discutiu o jogo de forma mais acesa.”
Para o jogo desta noite admite que será sempre “especial” um jogo entre emblemas do Algarve.
“Um Olhanense-Portimonense obviamente será sempre um jogo com uma atmosfera especial, devido a um certo bairrismo, mas já não é vivido com a mesma paixão e com a mesma dedicação de outros tempos”, termina.
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